LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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27 de março de 2014

DEPRESSÃO E O DEMÔNIO DO MEIO DIA

Sorrowing Old Man ('At Eternity's Gate')
Vincent van Gogh


As suas viúvas mais se multiplicaram do que a areia dos mares; trouxe ao meio-dia um destruidor sobre a mãe dos jovens; fiz que caísse de repente sobre ela, e enchesse a cidade de terrores. A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda de dia, confundiu-se, e envergonhou-se; e os que ficarem dela entregarei à espada, diante dos seus inimigos, diz o Senhor.
Jeremias 15:8-9

Van Gogh foi um dos artistas que melhor expressou a depressão em pinturas, e juntamente com Edvard Munch (O Grito) produziu alguns dos quadros mais icônicos sobre essa condição. Mas o que isso tem a ver com as escrituras afinal?

Lendo Jeremias 15 ontem me deparei com o texto acima, e lendo também um interessante estudo sobre o significado do meio-dia na Bíblia, constatei que de fato esse horário era tido como um horário um pouco sinistro de acordo com a Bíblia. Era a hora mais clara do dia, e ao mesmo tempo a mais inesperada para que coisas ruins ocorressem. E como elas ocorreram! Deus demonstra assim que o mal não escolhe hora.

No trecho acima citado Jeremias profetizava contra o povo de Israel devido a suas constantes transgressões contra Deus. A arrogância e prepotência do povo judeu naquela época os levava a uma atitude meramente religiosa e pagã, o que fizeram Deus a castigá-los e dar a eles o pagamento por seu comportamento (mesmo sofrendo por ter que ser duro com seu próprio povo, seus filhos): "Tu me deixaste, diz o Senhor, e tornaste-te para trás; por isso estenderei a minha mão contra ti, e te destruirei; já estou cansado de me arrepender - Jeremias 15:6".

O termo "demônio do meio dia" é análogo à depressão, como muitos sabem (o livro "O Demônio do Meio Dia" de Andrew Solomon é uma leitura extremamente esclarecedora quanto a doença). Mas o que significa afinal o mal ocorrer ao meio dia, ou melhor, o "Destruidor" ser trazido ao meio dia?

Fazendo uma ponte com o texto em Jeremias, fica claro que há alguma ligação com o que hoje conhecemos como depressão. "A que dava à luz sete se enfraqueceu; expirou a sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda de dia, confundiu-se, e envergonhou-se".

Na depressão o sol se põe ao meio dia, nos enfraquecemos, ficamos confusos... não é a mesma coisa? Além disso a depressão é um inimigo que surge mesmo às claras luzes de um sol a pino de meio dia. E é implacável. Só os que sofreram com ela direta ou indiretamente sabem de sua capacidade devastadora.

Ao contrário do que muitos ignorantes (no sentido de ignorância sobre o tema) afirmam, não há como evitar a depressão. Algumas pessoas são pré-dispostas a ela naturalmente, e podem aprender a evitá-la por algum tempo com algumas atitudes e terapia, mas nunca o tempo todo. Não é um estado no qual a pessoa se coloca, mas é um buraco aonde se cai e de onde é difícil sair. E quando se sai do buraco, volta e meia acabamos caindo ali de novo, porque como nas ruas brasileiras, os buracos continuam abertos.

As vezes sabemos onde estão estes buracos e aprendemos a evitá-los (situações que nos deprimem) mas muitas vezes não temos escolhas e somos obrigados a passar por eles e resistir - ou não - como pudermos. Situações políticas, econômicas e sociais que nos deprimem são mais difíceis de se evitar do que uma música triste ou uma pessoa irritante, porque evitar tais coisas não estão ao nosso alcance, não estão dentro de nossos poderes. Temos então que aprender a deixar isso passar por nós como vento, sem absorver aquilo, sem deixar que nos atinja.

Para isso vale uma série de coisas: rituais próprios diários como escutar músicas que goste ou fazer atividades físicas, terapia, uso de medicação antidepressiva, ou a boa e velha (e cada vez mais difícil) mudança de vida (para melhor).

No texto de Jeremias, Deus diz que envia o destruidor a aquele povo, mas termina o capítulo com uma promessa, uma esperança de redenção - algo que Ele, em sua infinita sabedoria e amor sempre nos dá.

Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei, e estarás diante de mim; e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles. E eu te porei contra este povo como forte muro de bronze; e pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo para te guardar, para te livrar deles, diz o Senhor. E arrebatar-te-ei da mão dos malignos, e livrar-te-ei da mão dos fortes.
Jeremias 15:19-21

25 de março de 2014

SOU A ISRAEL OBSTINADA?

"O Profeta Jeremias"
Michelangelo


Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para seu bem. Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor, e quando oferecerem holocaustos e ofertas de alimentos, não me agradarei deles; antes eu os consumirei pela espada, e pela fome e pela peste. Então disse eu: Ah! Senhor DEUS, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, e não tereis fome; antes vos darei paz verdadeira neste lugar. E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam. Portanto assim diz o Senhor acerca dos profetas que profetizam no meu nome, sem que eu os tenha mandado, e que dizem: Nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome, serão consumidos esses profetas. E o povo a quem eles profetizam será lançado nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da espada; e não haverá quem os sepultem, tanto a eles, como as suas mulheres, e os seus filhos e as suas filhas; porque derramarei sobre eles a sua maldade. Portanto lhes dirás esta palavra: Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia, e não cessem; porque a virgem, filha do meu povo, está gravemente ferida, de chaga mui dolorosa. Se eu saio ao campo, eis ali os mortos à espada, e, se entro na cidade, estão ali os debilitados pela fome; e até os profetas e os sacerdotes percorrem uma terra, que não conhecem. Porventura já de todo rejeitaste a Judá? Ou repugna a tua alma a Sião? Por que nos feriste de tal modo que já não há cura para nós? Aguardamos a paz, e não aparece o bem; e o tempo da cura, e eis aqui turbação. Ah! Senhor! conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti. Não nos rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te, e não anules a tua aliança conosco.
Jeremias 14:11-21

Não foi só nesse trecho do livro de Jeremias que se destacou que o povo de Israel foi "obstinado". Essa é uma palavra bonita que significa que Deus estava cheio deles e de seu comportamento arredio, teimoso e egoísta. Sua fé era instável, eles adoraram outros deuses, faziam o que bem entendiam sem consultar a vontade de Deus antes, mas seguiam sendo extremamente religiosos.

Dentro dessa religiosidade, os "profetas" lhes traziam mensagens de esperança, de paz e prosperidade, como se fossem uma voz apaziguadora que dissesse "vocês são ótimos, está tudo bem, Deus está feliz com todos vocês". Mas a verdade é que todos estavam fazendo besteiras, cometendo pecados contra Deus, e atraindo para si guerra, fome e doença. Ninguém admitia tais coisas, mesmo os líderes religiosos.

Todos se enganavam.

ME SINTO COMO ESTA ISRAEL. Não sei você, mas eu me sinto assim. Acho que essa seja uma reflexão válida: somos realmente o que achamos que somos? Estamos de fato sob a graça de Deus?

Me sinto um tremendo pecador que se engana a maior parte do tempo, que ouve de outras pessoas "está tudo bem, você é bom, um crente sério" mas que sabe que no fundo está fazendo muitas besteiras e que não devia mais fazê-las depois de caminhar anos com Jesus, e que no fim está entristecendo Deus e atraindo guerra, fome e doenças.

Sei da graça de Jesus, a aceito mesmo sem entendê-la, mas constantemente a constatação de minha própria imperfeição e incapacidade de caminhar em santidade me entristecem pois sei que entristecem a Deus. Os mesmos defeitos sempre surgem, o mesmo comportamento incorreto se repete. E a tentação de acreditar que "está tudo bem, você é bom, um crente sério" ronda minha consciência.

No que me apego ainda é na constatação de que tais defeitos revelam a mim, a todo o instante, como sou dependente da graça de Jesus. Mas quero - e preciso - melhorar e me aperfeiçoar na fé e no proceder cristão. Que Deus esteja comigo hoje e sempre, nessa luta cotidiana.

18 de março de 2014

CONTAMINAÇÃO CULTURAL DA INTERPRETAÇÃO DA LEI

“O Batismo de Jesus Cristo”
Aert De Gelder
Olhar algo do passado com os olhos do presente sempre gera novas (e nem sempre corretas) interpretações. O quadro de Aert De Gelder nunca teve nenhuma interpretação diferente daquela que ele planejou, não até o ano de 1947, quando ocorreu o incidente com Kennet Arnold e a consequente inauguração da ufologia moderna, ou mais precisamente não até o surgimento da teoria dos alienígenas ancestrais em 1968 com o livro "Eram os Deuses Astronautas?", que aliás surgiu apenas devido os eventos de 1947.

De repente o disco celeste, iconografia recorrente aos artistas do período da obra para representar o divino, virou um disco voador - mesmo que seja obvio que o artista nunca esteve presente no evento, ocorrido milênios antes, ou sequer tenha afirmado ter alguma revelação divina sobre a ocasião.

A simples aparência, diante de informações atuais pós eventos de 1947 e 1968 ganhou um novo significado que não era em nada aquele que o artista desejava expressar. E este é um dos melhores exemplos de como a contaminação cultural temporal pode ocorrer, gerando novas interpretações do antigo sob a ótica do novo, mas sem um critério muito bem estabelecido além do simples empirismo.

Sem um estudo de contextualização, uma representação pode ser entendida de forma totalmente incorreta, levando uma peça que representaria um inseto ser reinterpretada como prova de tecnologia alienígena no passado por exemplo.



Engana-se aquele que julga que tal fenômeno é recente. De fato, a Bíblia demonstra que isso já ocorria, e com a própria Lei divina revelada por meio de Moisés. O que me leva a pensar se não seria isso um vício de pensamento humano, algo recorrente em nosso modo de pensar que o método científico, quer de uma forma ou de outra, pode de fato ajudar a solucionar.

Em mais uma pregação do meu pastor - Rubens Santos, titular da Igreja Batista Memorial do Centenário em Campinas – uma mensagem bastante interessante nos foi apresentada, ainda uma continuação das bem-aventuranças (Mateus 5).

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Mateus 5:21-22

Jesus mostra neste trecho que a lei era interpretada de uma forma muito dura e pesada pelo sistema religioso, de tal forma que nem os mestres da lei podiam cumprir. Em suma: a interpretação da lei era muito pesada, em demasia. Mas por que? Como se chegou a isso?

A lei foi manipulada, tornando-se não a vontade de Deus para o povo, mas sim numa mera tradição. Tornou-se em uma manifestação cultural passada de geração em geração (Ouvistes que foi dito aos antigos), mas durante as eras esse conhecimento foi interpretado e reinterpretado de acordo com as mudanças culturais pelas quais a sociedade judaica passou, algo totalmente fora da vontade de Deus e fruto do pecado do próprio povo - um desvio imenso da rota que Deus havia planejado para a salvação do ser humano. Mas quais mudanças foram essas?

Houveram inúmeras mudanças em Israel entre a revelação da Lei por meio de Moisés e a vinda de Jesus Cristo. Inúmeras misturas e choques culturais ocorreram devido às constantes invasões pelas quais o povo passou - persas, babilônios e romanos sendo os de maior destaque. As próprias sinagogas surgiram neste contexto de exílio e dominação, já que nestas ocasiões o povo judeu não tinha acesso ao Templo, seu local tradicional de adoração e sacrifício.

Sob inúmeras formas os judeus e toda a sociedade israelense sofreu severas mudanças de pensamento diante tantas dominações, e a forma como compreendiam inúmeras coisas foi alterada pouco a pouco. 

Jesus deixa claro não só nessa passagem como também em todos os seus ensinamentos que Deus não exigia e nem exige aquele peso compreendido por eles incorretamente - de acordo com suas tradições que sequer eram questionadas. Por que se a lei fosse segundo aquela compreensão, seria impossível de ser cumprida.

Jesus por outro lado explica o real significado da Lei, sendo portanto o filtro que todos nós precisamos para compreendê-la adequadamente - daí o termo "analisar o antigo testamento sob a ótica do novo" faz sentido.

Quando Jesus fala "eu porém vos digo" é o momento em que ele faz a "tradução" do que Deus realmente quer dizer com determinado trecho da Lei, seu verdadeiro princípio e significado, o verdadeiro espírito da lei. Há neste instante um RESGATE do significado da Lei.

Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou.
1 João 2:6

Esse trecho de 1 João diz que devemos viver como Jesus viveu. A esperança futura de sermos como  Ele - nosso alvo, nosso objetivo máximo - pode ocorrer de fato aqui e agora pois fica claro que devemos ser moralmente semelhantes à Jesus nas atitudes do dia-a-dia! Jesus deixou claro que Ele não veio para negar a Lei, mas para cumpri-la (como visto neste post). Não a lei interpretada de acordo com a visão distorcida da cultura humana, mas sim na sua mais sublime e pura essência: amor.

Cada momento e experiência de vida nos transforma e nos molda. Devemos trabalhar para orientar esta mudança em direção a Jesus.

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Romanos 8:28-29

Ao contrário que muitos pensam, isso não é um peso, mas sim um enorme e revigorante estímulo! A compreensão de que isso é um processo e que nenhuma mudança ocorre da noite pro dia exige de nós apenas humildade, pois afinal a mudança vêm por nossa mera vontade e persistência em permitir verdadeiramente que o Espírito Santo, a inspiração divina, nos mude de dentro para fora.

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
2 Coríntios 3:18

As pequenas vitórias morais do dia a dia, como deixar de cobiçar um bem de outra pessoa, ou deixar de cobiçar uma mulher fora do casamento, ou deixar de ludibriar alguém em algum negócio, ou deixar de fazer o mal por negligência direta e consciente ou ação direta nos moldam pelo significado que elas ganham ao orientarmos isso tudo à santificação diária (fazermos o bem deixarmos de fazer o mal por amor a Jesus e a Deus), e não são destruídas pelas nossas falhas - que ocorrerão, pois somos todos pecadores.

Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.
1 Pedro 2:21

14 de março de 2014

ACADEMIA, BARULHO E VIZINHANÇA - PERDENDO A PACIÊNCIA

Zumba - muito barulho por nada
Por que o ser humano se afunda em um ambiente repleto de barulho e poluição sonora? Mais especificamente: por que o ser humano obriga outros seres humanos a imergir num oceano de barulho, som alto e ruídos que incomodam tanto quanto ou até mais do que outros tipos de poluição?

Vou responder isso no final deste post. Antes, um retrato de minha atual condição.

Eu moro na frente de uma academia aqui em Campinas. Ela se chama "Estrutura do Corpo", na Vila Industrial. E por muitos anos nunca tive problemas com eles porque na verdade meu prédio dava para os fundos dessa academia.

Tudo estava bem até o instante em que os proprietários fizeram uma "reforma" no estabelecimento, e no lugar de uma garagem de uso privado dos proprietários surgiu uma sala de musculação. Esta sala, devido a uma total inadequação acústica (o nível da academia é bem precário e improvisado) e total falta de respeito para com a vizinhança, tornou-se uma especie de direcionador sonoro para toda a gritaria e música absurdamente alta que inexplicavelmente tem feito parte deste tipo de ambiente (aulas barulhentas como zumba ou simplesmente a música ambiente das salas de musculação tem sido semelhantes aos de casas noturnas não só no estilo como no volume).

Duvida? Então olhe esse vídeo, que gravei em diferentes dias e horários, por duas semanas:


As janelas ficam constantemente abertas, direcionando e amplificando todo o som do estabelecimento para o meu prédio, tornando meus dias um inferno e me levando a situações emocionalmente desesperadora: irritação, depressão (que estava sob controle mas que diante desse barulho todo se descontrola) e sentimentos de ódio e violência poluem minha mente. Sim, ódio e violência.


O desejo de que o barulho pare é desesperador e frustrante, pois não tenho nenhum controle sobre sua emissão. Pensamentos maléficos de retaliação e vingança surgem do meio do meu desespero, o que para uma pessoa que procura ser seguidora de Jesus é algo bastante perturbador, doloroso, deprimente e frustrante.

Não quero o mal para ninguém, mas esse desejo surge involuntariamente - direcionado ao estabelecimento - com o ódio que me aflora devido a me sentir invadido em minha própria residência, local que em última instância é meu bastião pessoal, meu refúgio final de um mundo já extremamente agressivo e opressor.

Não tenho problemas com ruídos funcionais, como o dos ônibus que passam pela rua - e causam um barulhão também - porque sei que eles são curtos e tem significância (as pessoas precisam usar transporte público para trabalhar e ir e vir em suas vidas), mas o som da academia não é funcional (você não precisa de música alta pra fazer exercícios, e se acha que precisa pode muito bem usar fones de ouvido). Também não é um ruído de curta duração, tão pouco agradável, muito menos suportável. É tão ruim quanto os idiotas e débeis mentais que passam pela rua com seus carros com equipamentos de som absurdamente potentes, tocando funk ou qualquer outra porcaria do tipo (e nesse caso podia ser até mesmo a música que eu mais amo, não iria importar, ei iria odiar da mesma forma).

Interessante notar o que li quando fazia pesquisa para escrever este artigo. Segundo Fernando Pimentel Souza [4], Professor Titular - UFMG, especialista em neurofisiologia, membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro, UNESCO, Paris:

"Se o ruído é excessivo, o corpo ativa o sistema nervoso, que o prepara contra o ataque de um inimigo invisível, sem pegadas, que invade todo o meio embiente pelas menores frestas por onde passa o ar ou por toda ligação rígida à fonte ruidosa. O cérebro acelera-se e os músculos consomem-se sem motivo. Sintomas secundários aparecem: aumento de pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual."

Isso explica muitas coisas pelas quais venho passando, como dito anteriormente. Além disso, ele [4] complementa:

"Pesquisa nos EUA mostrou que jovens em ruído médio inferior a 71 decibeis, entremeados com pulsos de 85 decibeis só a 3% do tempo, tiveram aumentos médios de 25% no colesterol e 68% numa das substâncias provocadoras de estresse: o cortisol. Mas já a partir de 55 decibeis acústicos a poluição sonora provoca estresse, segundo a Organização Mundial de Saúde. Pelo nível de ruído das nossas cidades e casas, a maioria dos habitantas deve estar sob estresse prolongado, surgindo ou agravando arterioscleroses, problemas de coração e de doenças infecciosas, fazendo inúteis dietas e acabando precocemente com suas vidas."

Ou seja, estou tendo minha saúde mental, espiritual e física afetadas por um lugar que - veja só você - devia ser um promotor de saúde! Uma total inversão de valores! "Venha fazer atividade física e ter saúde!" dizem eles cheios de pompa. Mas às custas da saúde de quem mora por perto, né? Na média, fazem mais mal do que bem!



Não preciso dizer que estou com meu humor e paciência péssimos.

Já reclamei na prefeitura, que disse que iria averiguar ainda no ano passado, mas que até agora não fez nada, ou fez e não surtiu nenhum efeito. Existem normas para que um estabelecimento tenha um alvará de funcionamento, mas ou não está havendo a fiscalização correta ou as exigências para a emissão de alvarás é insuficiente.

Existem normas que estabelecem a questão de ruído e níveis de decibéis em estabelecimentos, assim como questão de tratamento e isolamento acústico [8], a NBR-10152 [6]. Me pergunto se os orgãos públicos averiguam se esta norma está sendo seguida quando emitem um alvará.

O incrível é que o excesso de decibéis não incomoda só os vizinhos, mas faz mal aos próprios profissionais que trabalham no estabelecimento [3], assim como a todos os requentadores. Perda auditiva, além de todos os sintomas que mencionei anteriormente, causam muito mal à mente e ao corpo de todos. Ou seja, não é bom pra ninguém, seja para quem mora perto de academias, seja para quem frequenta academias, seja para quem trabalha em academias.

Tudo se resolveria se esta academia simplesmente fizesse um isolamento acústico [9] adequado e seguisse a normalização [6]. Academias bem estruturadas podem produzir mais barulho do que esta, mas devido ao isolamento, se você passar pela rua na frente do estabelecimento você não ouve NADA. Ou seja, há meios de resolver a situação, mas o estabelecimento em questão sequer pensa a respeito. O que me leva à resposta da pergunta inicial.

Por que o ser humano se afunda em um ambiente repleto de barulho e poluição sonora? Mais especificamente: por que o ser humano obriga outros seres humanos a imergir num oceano de barulho, som alto e ruídos que incomodam tanto quanto ou até mais do que outros tipos de poluição?


Primeiramente, estamos no Brasil. Eu sou uma pessoa terrivelmente crítica quanto ao Brasil porque eu olho as coisas como elas são. Há muitos países com culturas iguais ou piores do que as existentes no Brasil, mas há também muitos países com culturas melhores, e eu precisei de apenas 14 dias no Japão para perceber isso com meus próprios olhos.

No Brasil as pessoas não se importam nem um pouco com as outras. Nem um pouco MESMO. Se preocupam no máximo com amigos. Mas com o vizinho? Com a pessoa na rua? Com estranhos? Com a sociedade em geral? Nunca! Somos indiferentes e egoístas. Só pensamos em nosso próprio conforto e dane-se os outros.

A demagogia da nossa sociedade se manifesta nas grandes e pequena coisas, e a máscara é colocada porque gostamos de nos imaginar como um povo caridoso, bom. Seja nos políticos que fingem fazer tudo pelo bem do povo mas que não estão minimamente preocupados com a opinião pública e que prevaricam e praticam corrupção, seja no cidadão comum que se acha um pilar de bondade, moral é ética, mas que na cortesia de dar a vez no transito ou em não jogar lixo na rua ou em não incomodar as pessoas desnecessariamente é absolutamente falho. Assim, não ser capaz de refletir por alguns instantes sobre algo como "será que meu estabelecimento está incomodando a vizinhança?" é uma manifestação cultural em nossa sociedade. É ser brasileiro. É ser idiota, egoísta e estúpido.

No máximo, o que os proprietários deste estabelecimento pensarão diante disso tudo é o que todo "brasileiro" pensaria: "os incomodados que se mudem". Essa frase, aliás, representa tudo o que mais odeio nessa cultura, que é a de que ninguém nunca admite que está errado, ou que precisa corrigir algo, ou que tem um procedimento incorreto.


O professor Fernando Pimentel Souza [4] ainda disse:

"O ruído estressante libera substâncias excitantes no cérebro, tornando as pessoas sem motivação própria, incapazes de suportar o silêncio. Libera também substância anestesiante, tipo ópio e heroína, que provoca prazer, abrindo campo para o uso de fortes drogas psicotrópicas. As pessoas tornam-se viciadas, dependentes do ruído, paradoxalmente caindo em depressão em ambiente com silêncio salutar, permanecem agitadas, incapazes de reflexão e meditação mais profunda."

Assim, é um ciclo vicioso e até mesmo uma espécie de vingança ou psicopatia. A pessoa passa a achar que viver imerso no barulho é normal e que todo mundo gosta, sem a menor capacidade de refletir que o próximo pode pensar de maneira diferente e querer o silêncio. Essa é uma forma de pensamento bastante idiota. É como o Psicopata Americano, que não se importa com os outros, que sente uma dor (existencial) terrível em sua vida e quer que as outras pessoas a sintam também.

É por isso que pessoa como eu fogem das academias, mesmo precisando se exercitar. Tais locais privam as pessoas tanto do acesso ao silêncio quanto a seus próprios serviços. As academias estão fazendo, com essa cultura do barulho, um mal imenso a médio e longo prazo, e piorando consideravelmente a sociedade, fazendo exatamente o oposto do que devia ser sua missão mais fundamental: levar bem estar e equilíbrio às pessoas. Estão sendo apenas mais um dos agentes do caos.

E assim vamos indo, com a sociedade cada vez mais repleta de estupidez, de egoísmo, de barulho e de falta de paz.

Finalizando: diante de tudo isso, o que eu vou fazer a respeito?


Não sei o que posso fazer, e isso é o que mais me deixa frustrado. Reclamações na prefeitura já foram feitas sem nenhum efeito. Mudar de casa é impossível no momento, com os atuais preços no mercado imobiliário. Retaliação não é uma opção, mesmo que eu quisesse não saberia o que fazer, e não quero por saber que é eticamente incorreto.

Quem sabe mover uma ação? Mas para isso há uma série de preparações necessárias, como laudos, testemunhas, etc. Sem contar os custos de um processo. Ou seja, é algo meio inviável, mesmo porque não tenho um advogado para ver isso para mim.

O que me resta fazer é entregar ao Senhor. Deus é todo poderoso, e peço a Ele que cuide da situação da forma que entenda ser a melhor. DEUS NUNCA ME DECEPCIONOU. Me rendo diante do Pai, e peço perdão pelo sentimento de ódio e desejo de retaliação. Perdão pela mudança de foco. Meu foco não deve ser minha paz e nem meu conforto, mas sim em cumprir a vontade de Deus em minha vida. "Sei que meu comportamento poder ser... errático as vezes" mas quero mudar. Não quero mais sentir ódio, nem raiva com essa situação em especial, e com nenhuma outra na verdade.

"Seja a vossa eqüidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus."
Filipenses 4:5-7


Fontes:

  1. http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=108843
  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_sonora
  3. http://www.pgedf.ufpr.br/Referencias08/ruido%20em%20academias%20de%20ginastica%20ZN.pdf
  4. http://www.icb.ufmg.br/labs/lpf/2-14.html
  5. http://www.wikihow.com/Prevent-Noise-Pollution
  6. http://querosossego.files.wordpress.com/2008/08/abnt-nbr-10152.pdf
  7. http://querosossego.wordpress.com/
  8. http://pt.wikipedia.org/wiki/Isolamento_sonoro
  9. http://www.isoline.com.br/produtos/isolamento-acustico/

11 de março de 2014

INSENSIBILIDADE DE UM FALSO SAMARITANO

O Bom Samaritano
Ferdinand Hodler

E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar.
Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.
Lucas 10:30-37

A passagem do Bom Samaritano é uma das mais marcantes da Bíblia para mim por manifestar uma das principais características que um cristão genuíno tem: a caridade e o comprometimento com o próximo. Essa passagem é direta e prática, carregada de ensinamento e significado, simples... mas absurdamente difícil de ser aplicada no nosso dia a dia.

O "não ajudar a quem parece precisar de ajuda" é um comportamento natural na nossa sociedade, pois muitos espertalhões folgados e mal intencionados se aproveitam da situação para se fazerem de coitados e praticar desde a mendigagem desnecessária até roubos e chantagens. Você provavelmente já passou por isso, tenho certeza.

Mas e quando é claro que uma pessoa precisa de fato de ajuda e você, desacostumado a praticar esse tipo de amor, ignora, olha pro outro lado, se esquiva? Eu passo muito por isso, e todas as vezes me sinto um idiota porque eu devia ter o desprendimento de ser caridoso, de ajudar, de me envolver. Todos nós devíamos. E não por sentimento de culpa - que é usado por muitos para arrancar uma "caridade" sua - ma sim pelo amor e sincero desejo de ajudar um ser humano. Um ser humano! Um ser para o qual desaprendemos a amar.

Estes dias eu estava indo almoçar, e na porta do restaurante havia um morador de rua sentado, meio acabado, olhando para o infinito. Pensei se ele queria algo para comer, mas fiquei com medo de perguntar. Medo dele querer conversar comigo ou de que ele me visse como um salvador e ficasse sempre atrás de mim para dar comida a ele? Medo de me tornar responsável por ele em algum grau? Não importa, foi apenas medo. Mas por que eu não tenho mais medo do fato de não cumprir a vontade de Deus?

Veja bem, não foi pelo dinheiro: uma marmita naquele restaurante seria barata de pagar. Então por que eu não fui lá, perguntei pra ele se ele queria uma marmita? Por que fui omisso?

E esse é só mais um exemplo da minha babaquice e auto-engano. É uma barreira que não consigo quebrar, e assim vou agindo como levita ou como sacerdote... sem me sujar, sem me envolver, sem amar.

Esse post não contém nenhuma reflexão - o ensinamento que Jesus deu ao falar essa parábola é claro como cristal. Este post é apenas um desabafo e um reconhecimento do meu pecado e da percepção - antiga - de que eu preciso mudar e melhorar, não apenas - mas ainda sim - nisso.

Assim, como um falso samaritano, finjo ajudar, finjo me importar, finjo ser o que não sou mas devia ser, e tento me enganar quanto ao estado deplorável que é minha moral e minha ética.

7 de março de 2014

O CUMPRIMENTO DA LEI

Justice and Divine Vengeance Pursuing Crime
Pierre-Paul Prud'hon

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim obrigar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
Mateus 5:17-20

Em mais uma pregação do meu pastor - Rubens Santos, titular da Igreja Batista Memorial do Centenário em Campinas – uma mensagem bastante interessante nos foi apresentada, ainda baseada nas bem-aventuranças (Mateus 5), na verdade em sua continuação.

Jesus coloca-se mais uma vez como O exemplo. Ele demonstra em sua vida que sua justiça é a própria justiça moral de Deus em toda a sua amplitude. O próprio Pilatos reconheceu esta justiça e a falta de qualquer culpa que Jesus poderia ter, tornando portanto o ato do sacrifício da cruz algo de profundeza espiritual infinita como pode ser visto adiante..

Jesus disse no trecho acima citado que veio para cumprir a Lei e não para anulá-la. Não sei você, mas para para mim o fato de que a Lei não podia ser cumprida por ninguém (apenas por Ele próprio) e ao mesmo tempo Ele dizer que nós devemos ser como Ele (imitá-lo inclusive no cumprimento da Lei) causa uma (falsa)  sensação de contradição.

Primeiramente é preciso entender o que é "a Lei". A Lei são as "regras, deveres e privilégios" espirituais ensinadas pelo sistema religioso de Israel na época e até os dias atuais dentro da religião judaica (e cristã). Tal "Lei" era pesada demais para os judeus (e cristãos) devido a própria interpretação que os "doutores da Lei" (clero) davam a elas. Resumindo: os fariseus ensinavam interpretações falhas (humanas) das escrituras, exigindo um comportamento dos fiéis, comportamento que eles próprios não eram e não são capazes de cumprir.

Cientes disso, nos fica claro que a doutrina que Jesus trouxe não era diferente - não houve mudança da "Lei". Ela apenas foi despida da sua interpretação falha, humana e cheia de peso, culpa e julgamento. Jesus a mostrou segundo sua verdadeira natureza, ou seja: segundo a verdadeira intensão de Deus. Não a toa Jesus fala que seu julgo era leve: Ele demonstra que seguir a Lei não é difícil como somos levados a crer, ficando sua dificuldade e peso atribuídos às interpretações falhas criadas pelo sistema religioso.

Jesus portanto não descumpriu a Lei mesmo em situações em que fariseus acharam que sim, como nos casos de pegar espigas e curar pessoas no sábado. Jesus demonstrou nestas passagens que a prática do bem e do amor nunca descumprirem a Lei, pelo contrário, cumprem-na. Esta é a verdadeira Lei: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Entendimento, cordialidade, paz, justiça, respeito. Tudo isso e muito mais.

Jesus cumpriu esta Lei na sua plenitude, realizando a vontade de Deus e dando sua vida pelo próximo, que somos todos nós. Jesus uniu assim o velho e o novo testamento, pois só Ele pode cumprir a Lei plenamente.

Tendo em mente que a Lei apresentada no Antigo Testamento é doutrinária (pois ensina a vontade de Deus), profética (pois revela a existência de Deus e a salvação do homem de seu pecado) e moral (ensina o comportamento que os filhos de Deus tem por natureza), fica claro que Jesus não rompe com o Antigo Testamento, mas sim o reinterpreta da maneira pura, sem a cultura do homem associada, como visto na carta de Paulo aos Hebreus.

Jesus é assim a continuidade da conversa que Deus começou com a humanidade no antigo tratamento. Desde o Gênesis a doutrina da salvação é a principal mensagem das escrituras, assim como o espiamento dos pecados pelo sacrifício de um inocente (o surgimento do sistema sacrificial), que por sua vez é plenamente cumprido em Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Jesus é de fato O exemplo. Ele cumpriu todos os preceitos éticos dados por Deus, como amor, bondade, sacrifício e amizade. Por meio dEle, fica claro que nosso relacionamento com Deus se resume em estabelecer um novo padrão de vida diante do Pai, um padrão segundo sua vontade.