LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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27 de dezembro de 2013

DESCONECTADO

De novo o Natal passou e mais uma virada de ano se aproxima. De novo aquele mesmo ritual de reflexão surge. A desconexão com o mundo, com as pessoas, com a sociedade, permanecem como uma barreira entre mim e todo o resto. E por que, se existem coisas boas na minha vida como minha esposa, minha família, meus amigos e minha saúde?

Moro em um lugar que não gosto, trabalho em um serviço que me desmotiva, com pessoas que não simpatizo, em um país que odeio, com uma cultura que não valorizo e em meio a um povo que julgo estúpido, sórdido, alienado, tolo, ignorante, mau e nocivo, que anda por ai em carros com o som "no talo" e que não se preocupam com o próximo mas sim com as celebridades - e consigo mesmos. Pessoas que se acham excelentes, baluartes da justiça e da educação que são, no máximo, elaborados embustes.

Mas eu ainda persisto. Por que?

O que me move se não uma esperança profundamente baseada na ?

Mas fé no que?

De que as coisas vão melhorar ou que eu vou mudar e não me importar mais com o que tanto me incomoda?

Não, não mudarei. Tão pouco julgo que o mundo vá mudar. As pessoas, idem.

Tudo permanecerá como está, degradando-se cada vez mais, caminhando ao inexorável destino da degradação completa do ser humano e da matéria.

Minha fé não repousa neste mundo e nem em qualquer conquista ou recompensa.

Sofro, choro, agonizo. Mas sei que isso terá um fim. Pois todo desatino, toda maldade, toda espera, toda dor, toda aflição serão sepultadas com meu corpo - ou melhor, queimadas, já que prefiro pensar que serei cremado.

Minha fé repousa no dia da minha morte e no que ocorrerá comigo após abandonar essa realidade.

Só me resta aguentar, suportar a tortura deste mundo, de ver pessoas comendo pessoas, de ver a crueldade cotidiana, mesquinha, gananciosa, opressora e silenciosa da qual ninguém se da conta correndo solta, de ver pessoas em pior estado do que eu, de ver o estimulante para o mal ser distribuído de graça em qualquer esquina, conversa, trajeto, trabalho, computador, revista e relacionamento.

Minha fé repousa na salvação de Deus, minha crença em Jesus Cristo, a quem me machuca envergonhar por todas as minhas falhas e pecados, mas que a cada dia vejo trabalhando em mim um pouco mais, me entristecendo e me  revoltando comigo mesmo, me incomodando com minhas fraquezas, me despertando para seus objetivos. Me preparando não para ser perfeito, mas para entender que a busca pela perfeição representada nEle é o que chamamos de caminho da santificação, e que nunca estaremos aptos ao reino dos céus por nós mesmos, mas sempre e unicamente porque Ele nos ama e nos ofereceu isso de graça.

Continue trabalhando em mim, Senhor. Cada dia que passa fico mais consciente de que em vida nunca serei perfeito como Jesus, e nunca deixarei de pecar. Mas coloco-me em suas mãos para ser moldado pela Sua vontade, pois como disse, toda a minha esperança repousa em Ti.

6 de dezembro de 2013

SONHO: PERSEGUIÇÃO


Recorrentemente (pelo menos 3 vezes nas ultimas 4 semanas) tenho sonhos cujo tema é minha perseguição por alguém não identificado. Em pelo menos um dos sonhos eu me virei contra meu perseguidor e o enfrentei. Nos demais, o perseguidor me seguia de perto. Em pelo menos um dos sonhos (o que tive esta noite) meu perseguidor me lembrava muito o homem que vem aparecendo nos sonhos de milhares de pessoas pelo mundo, o que pode indicar alguma contaminação cultural no meu subconsciente - afinal eu acompanho essa história há alguns anos - ou simplesmente que as teorias a respeito dele sejam reais.

De qualquer forma refletir o porque destes sonhos é quase obrigatório para mim. E de certa forma, creio que simples. Após uma pesquisa pela Internet, o significado ficou relativamente claro, para não dizer obvio: ansiedade.

Tenho tido alguns problemas chatos ultimamente. Nada que seja o fim do mundo, veja bem. mas são problemas que me deixam inquieto. Pelo menos dois problemas de saúde moderados - um dos quais pode ser fruto da ansiedade ou sintoma de um inicio de diabetes, que é um boca seca e leve desconforto na região do visícula - fora problemas sociais, com uma academia barulhenta na porta do meu condomínio e uma operadora de telefonia celular que insiste em fazer cobranças incorretas há meses mesmo eu reclamando e pedindo correção da situação desde o início da situação. Fora situações pontuais em meu emprego - estresse, mudanças, etc.

Destes problemas há um - o da operadora de telefonia - que eu encaixo no sonho e que me virei contra o perseguidor e o enfrentei, uma vez que estou entrando com ação contra a empresa no juizado de pequenas causas. Dos demais, eu literalmente fujo.

Há ainda o ódio e sentimento de frustração e impotência diante desses problemas, o que gera uma boa dose de irritação e frustração. Os sonhos de perseguição normalmente significam uma forma de lidar com problemas ou sentimentos que queremos negar, ocultar ou fugir, e aspectos de nosso eu que deixamos nas sombras de nosso subconsciente por não aceitarmos ser como somos. E eu não aceito muitas coisas em mim.

O que fazer então? Como lidar com isso? Enfrentamento? Continuidade da fuga? O que manter e o que mudar? Não tenho tido tempos fáceis ultimamente, e o fato de achar que não devia achar essa situações tão pesadas quanto a sinto torna meu sentimento de culpa e fraqueza piores ainda, gerando mais ansiedade e vergonha de quem sou. Há pessoas enfrentando problemas muito piores e com muito mais alegria, então porque eu, enfrentando coisas mais leves, sofro tanto?

Peço a Deus orientação, proteção, mudança de meu ser e livramento.

Não sei se esse sonho pode ser ligado a um outro sonho que tive anos atrás. A situação era outra, não me lembro pelo que eu andava passando na época, mas agora eu sei que meus sonhos atuais tem a ver com o que falei acima.

5 de novembro de 2013

SONHO: INCÊNDIO EM HOTEL ASIÁTICO

O lugar era alguma cidade na Ásia, quente e úmido (Tailândia, Malásia, etc). Em uma cidade com uma luz amarelada, eu estava em um hotel. Estava na cidade para fazer algo, algo que algumas pessoas dessa cidade não queriam que eu fizesse. Era como se eu fosse um agente secreto, buscando alguma coisa oculta na cidade tentando não chamar a atenção, e as autoridades desta cidade não quisessem que eu a encontrasse.

Estas autoridades começam a me procurar, e em uma perseguição eu consigo me esconder. Vejo-os perguntando por mim na recepção, já que toda a ação ocorre dentro do prédio deste hotel.

As autoridades começam a me perseguir novamente, e é neste momento que o prédio do hotel começa a pegar fogo. O fogo está em andares superiores a aquele em que estou, e no meio da multidão, sou evacuado do prédio. Não chego a ver fogo, apenas a fumaça. E assim sei que as autoridades não me pegarão. Me sinto livre, mas ao mesmo tempo triste. O ar parece pesado e eu não estou exatamente feliz. O sentimento é de perda.

E neste momento eu acordei.

Interessante notar que tenho passado por um momento de estresse mais intenso em meu trabalho e a sensação de depressão vem me atormentando novamente desde então. No dia anterior, na Igreja, tive uma sensação, um pensamento. Foi como se Deus estivesse falando comigo porque um pensamento surgiu do nada, e não foi agradável pois o pensamento foi “você terá que perder tudo o que tem”. Esse pensamento me arrebatou sem um motivo aparente. Pode ter sido apenas minha mente estressada? Pode ter sido uma influência maléfica? Pode ter sido Deus? Não sei.

Acho que quando Deus fala conosco, ainda mais assim, sabemos que foi Ele quem falou por vir acompanhado de uma sensação de paz e liberdade – se bem que Deus pediu a muitas pessoas que fizessem coisas que elas não queriam e que as perturbou bastante também. Paz e felicidade não foi o que eu senti quando o pensamento me surgiu. O que eu senti foi pavor, medo e, acima de tudo, opressão. De onde veio esse pensamento então? Da minha mente cansada e estressada, ou de fora de mim mesmo?

Tentei entender o que essa possível perda significaria. Será que minha vida atual me desvia de Deus de tal forma que tenho que ser despojado de tudo e todos para poder ter uma vida de acordo com a  vontade de Deus? Essa foi a única interpretação que tive, mas mesmo assim, a coisa é muito mais complicada do que meramente meus bens – que na verdade são bem comuns e até simplórios. Ocorre em todo o meu ser – meu comportamento, minhas atitudes, meus desejos, meus pensamentos, meus objetivos (ou falta deles).

Seria a perda relativa a algo diferente do material? Seria a perda, por exemplo, da sanidade? Seria minha depressão voltando? Ou o surgimento de alguma nova condição psicológica, desencadeada pelo estresse e sentimento de prisão, falta de escolha e falta de orientação que se intensificou mais nos últimos tempos? Coisas que debati de forma bastante intensa em minha última sessão de terapia, poucos dias antes deste sonho.

O sonho veio depois disso tudo, e não pude notar de ver estampado nele algumas situações que vivenciei naqueles dias e em momentos anteriores de estresse. Desejo de fuga de uma situação onde me sinto oprimido e perseguido. A fuga ocorrendo por meio de algo que está fora do meu controle, que ocorre de forma quase milagrosa – um incêndio. E o próprio incêndio, analisado do ponto de vista simbólico no subconsciente, sendo o fogo um elemento destruidor e ao mesmo tempo purificador. A mente é uma coisa fantástica e incompreendida, e o subconsciente trabalha medos, ansiedades e memórias de formas estranhas, usando s sonhos para diversas funções. Mas ao mesmo tempo, há muitos casos que demonstram que os sonhos são mais do que mero produto dos processos mentais.

Algo ocorrerá? Sofrerei alguma perda? Sofrerei a perda de tudo que tenho? Ficarei esquizofrênico ou depressivo? Eu não sei. A ansiedade inicial com a situação já diminuiu, de bem que permaneça aqui inconvenientemente.

Porém, ocorrendo alguma perda ou não, que Deus esteja no total controle de minha vida, e seja lá o que for, que me leve cada vez mais para perto de Jesus. O medo de sofrer perdas materiais e/ou emocionais são grandes, ninguém as quer sofrer, muito menos eu. Mas se for ocorrer, que ocorra para a glória de Deus.

17 de outubro de 2013

THE BIBLE 1 - ABRAÃO


Ontem teve início, na Record, a exibição nacional da minissérie “The Bible”, uma produção moderna da TV norte-americana que visa exibir as principais passagens das escrituras da melhor forma possível, visto que exibir tudo o que as escrituras trazem em episódios de uma hora de duração é algo humanamente impossível.

Assim, dividido em 10 episódios, a série começa mais ou menos pelo início, com a primeira aliança que Deus faz com um homem, a saber, Abrão (mais adiante renomeado para Abraão).

O interessante é que, com uma boa produção, ver a mesma história na TV leva a outros tipos de reflexão. A primeira delas é que nem todos naquela época eram crentes. É interessante observar que muitas pessoas descritas na Bíblia sequer acreditavam em Deus, e muitas eram crentes nominais, que se revelavam quando um problema real surgia e sua fé precisava ser praticada.

Abraão fala a sua família que Deus falou com ele (prometendo terras e descendência). A reação dos atores foi interessante, demonstrando a descrença deles diante do exposto. Deus? Por que Deus falaria com ele? Estraria Abraão louco?

Descrentes, ainda assim o seguiram, provavelmente por ser ele um líder. Logo houve diversas divisões e dores devido basicamente a falta de fé daqueles que com ele estavam. Inclusive sua esposa, Sara, arrumou sua serva Hagar para ter um filho com Abraão e depois se comportou de forma ciumenta e magoada, inclusive fazendo Abraão mandar a mulher e o filho embora, para o deserto, após Isaque nascer.

Depois disso, quando Isaque cresceu e Abraão foi impactado pelo pedido de seu sacrifício por Deus, e ele levou o garoto disposto verdadeiramente a sacrificá-lo, mesmo com profunda tristeza e sofrimento por ter que matar seu único filho – uma apologia ao sacrifício que o próprio Deus faria séculos depois por meio de Jesus – Abraão demonstrou fé ao realmente estar pronto para tal ato, do qual foi poupado por Deus em cima da hora.

E ai, outra reação que julgo bastante humana demonstrada pelos atores, foi que Sara sentiu ódio de Abraão por ele ter estado disposto a matar seu único filho em sacrifício a Deus. Não sei se ela teve maturidade espiritual para entender o que Abraão fez ali, mas a alegoria é interessante.

Quando ouvimos a voz de Deus (ou seja, quando lemos as escrituras, oramos, descobrimos a sua vontade para nossas vidas e passamos a nos comportar segundo esta vontade) as pessoas a nossa volta acham que estamos loucos, que somos estúpidos. É a loucura da salvação citada por Paulo.

E então, quando sacrificamos aquilo que mais amamos – quando conseguimos – por ser o correto perante Deus, algumas pessoas nos odeiam, mesmo as mais próximas.

Assim, a história de Abraão me fez refletir que nossa relação com Deus é de fato pessoal, e não pode depender do entendimento de ninguém externo. Não se deve esperar que entendam, nem que aceitem, nem que nos sigam, nem que nos amem. É impossível agradar a Deus e aos homens ao mesmo tempo. E disso seria falado mais adiante nas escrituras, que não podemos ter dois senhores.

O próximo capítulo será sobre Moisés. Espero conseguir assistir. Creio que novas reflexões surgirão, já que a minissérie realmente é muito boa.

12 de outubro de 2013

EXCLUSÃO DE ARQUIVOS DUPLICADOS

Se você é daqueles que faz o download de um monte de músicas, videos e imagens da Internet e vai salvando tudo em um HD externo (ou mesmo no HD do seu computador) você sabe que tem uma boa quantidade de arquivos duplicados, não? Coisas que você salvou há meses ou anos ficaram esquecidas, e quando você se depara com elas ao navegar na Internet, faz o download novamente como se nunca a tivesse visto. E o processo ocorre duas, 3, N vezes.

Bem, você não está sozinho. A maioria das pessoas faz exatamente a mesma coisa. E ai um HD de 1Tb, que parecia espaço pra caramba quando você comprou o dispositivo de armazenamento fica lotado de duplicatas inúteis.

As vezes você fica revoltado ao perceber isso e começa a fazer uma limpeza manual do disco, tarefa que inicialmente parece simples mas que depois de alguns minutos demonstra ser extenuante. As duplicatas não tem os mesmos nomes, e muitas vezes nem o mesmo tamanho. Não raramente você salva o mesmo vídeo em formatos diferentes, ou resoluções distintas, e em pastas diversificadas. A tarefa parece impossível, ainda mais se você tem centenas, milhares de arquivos.

A solução para muitos é "deixar quieto" e comprar um novo HD, que em pouco tempo começará a sofrer do mesmo problema. Mas existe algo mais simples, efetivo e barato que pode ser feito. Você pode usar a cabeça - ou melhor, um software.

Existe no mercado diversos softwares que se propõe a detectar e remover duplicatas em seu HD. Alguns são pagos, outros gratuitos. Como estou com este problema, fiz uma pesquisa e encontrei um software muito bacana - e free - que faz o serviço de forma exemplar: o Duplicate Cleaner, da Digital Vulcano. Outros devem fazer a mesma coisa de forma semelhante, mas para este teste, foi o que usei.

Ele utiliza algoritmos configuráveis que lhe permite estipular como deseja fazer a comparação de arquivos a partir de uma origem (por exemplo, todo seu HD ou uma pasta específica com suas subpastas ou não). Pode pesquisar o conteúdo dos arquivos, ignorando o nome - algo muito útil - por meio de hash MD5 ou outras formas (nome igual, nome semelhante, etc). Isso significa que se o arquivo não tiver exatamente o mesmo conteúdo - por exemplo, for de uma resolução ou formato diferente - o software não o identificará como uma duplicata.

Se ele não é perfeito, é próximo disso. Em um teste rápido, fiz um scan em meu HD externo de 1Tb e ele encontrou rapidamente mais de 15Gb de arquivos duplicados no modo de pesquisa mais simples, o que significa um total de 7,5Gb de duplicatas inúteis que eu poderia excluir.

Assim, fica a dica: antes de sair comprando um novo HD por não ter paciência para fazer uma limpeza em seus arquivos, tente usar

23 de setembro de 2013

DEPENDÊNCIA DE VIDA


Nos últimos meses tenho tido muito estresse e tenho andado muito ocupado com trabalho e pós-graduação. Mas ao mesmo tempo, tenho tido oportunidade - dada por Deus, disso tenho certeza - de ler a Bíblia diariamente, usando um aplicativo para Android muito bacana chamado YOUVERSION.

Um dos motivos do porque não tenho escrito aqui com frequência é essa essa situação, mas hoje consegui vencer as tarefas para escrever uma impressão sobre o que li hoje. Na verdade, tenho tido vontade de escrever todos os dias para expor o que aprendi de Deus e de Jesus com o que ando lendo, mas o tempo anda bastante curto e a energia mental, baixa. O fato é que tenho andado exausto, mas sei que Deus me nutre, e isso me impede de parar ou até mesmo de entrar em depressão novamente.

Ler a palavra de Deus é fundamental, assim como orar e se deixar mudar por Deus, tendo um comportamento que o agrade, que o declare por meio de ações, que é amar as pessoas de inúmeras formas, das mais óbvias as mais sutis e improváveis.

A oração é meu momento de conversar com Deus - pedir perdão, pedir forças para ser como Ele sabe que eu devo ser, força para superar pecados e dificuldades, para dar graças, para interceder por outras pessoas e por qualquer outro motivo. Já o ler a Bíblia é meu momento de aprender e ouvir de Deus, de entender por meio das escrituras a vontade dEle, de apreciar o que Jesus fez e ainda faz por nós, e de como isso me afeta pessoalmente, seja internamente em minhas bases emocionais e psicológicas, seja em minhas capacidades comportamentais e sociais.

Ler a Bíblia por si só não salva ninguém. Não há nenhum poder místico no ato da leitura, e mutas pessoas que conhecem as escrituras de cabo a rabo provavelmente irão para o Inferno porque uma coisa é ler e a outra é deixar a Palavra entrar em seu coração e deixá-la nutrir sua vida, transformando-o à imagem de Cristo. Satanás é doutor das escrituras. Mas isso não tira a importância das escrituras e da necessidade fundamental que estudá-las representa.

Hoje, lendo João 6 vi Jesus falando palavras consideradas pesadas por alguns discípulos (versículo 60) que logo em seguida o abandonaram. As palavras, conhecidas, são as seguintes:

Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.
João 6:53-56

A mensagem de Jesus não tinha nada de canibal, como muitas pessoas gostam de brincar a respeito de forma nada decorosa, ou por um entendimento ao pé da letra como muitos naquela ocasião manifestaram incorretamente.

Comer a carne e beber o sangue de Jesus é se alimentar da própria vida de Cristo. É ler a Bíblia? Não. É ler a Bíblia e aceitar a Cristo ali pregado. É deixá-lo ser o Senhor da minha vida no sentido de ser meu alvo e objetivo e guia. É entender que, assim como nosso corpo precisa de carne e sangue para viver, nossa alma imortal precisa da carne e sangue espirituais de Jesus - seu exemplo, seu sacrifício, seu ensinamento, sua existência - para o mesmo propósito, porque só isso pode nutrir meu corpo espiritual. É aceitar o sacrifício do Cordeiro de Deus e nos alimentar dEle como nosso Cordeiro Pascal. É entender que sem essa carne e esse sangue, sem essa comida e bebida, NÃO PODEMOS VIVER.

E esse alimentar nos transforma. Assim como um alimento fortalece nosso corpo, esse alimento fortalece nossa alma, nossa mente no intuito de fazermos escolhas de acordo com a vontade de Deus, buscando seu querer. Essa é a vida cristã. Essa é a batalha que travamos cotidianamente, contra os principados e potestades, contra o príncipe desse mundo, e contra nossa própria carne decaída e nosso ego, contra o descrédito que muitos tentam nos imputar, contra as dúvidas que tentam nos gerar, contra a dor que tentam nos infligir, contra o mundo que insiste em catalogar Deus como um simples objeto filosófico, invertendo a ordem entre criador e criação.

Eu preciso de Jesus para viver, não apenas espiritualmente, mas carnalmente, essa vida aqui, por meio da qual posso falar dEle e buscar a vontade dEle para mim. E sem a carne e o sangue de Jesus para me alimentar, sem o sacrifício de amor dEle se entregando por cada um de nossos pecados, eu já teria sido consumido, se não pela morte e pelo inferno, por meu próprio ego.

2 de agosto de 2013

NIHON - O JAPÃO É BOM DEMAIS!

Rokuonki, dentro do templo Kinkakuji - ou simplesmente "O Templo Dourado" em Kyoto
Entre os dias 02 e 13 de julho de 2013 eu e minha esposa realizamos um grande sonho em nossas vidas e visitamos o Japão na melhor viagem que já realizamos até aqui. O país é muito mais do que esperávamos. Beleza natural e urbana estonteantes, organização social e urbana impecáveis, educação social incrível, simpatia do povo, música, TV, animações e cultura em geral de 1ª qualidade, infraestrutura turística e de mobilidade de cair o queixo, cidades bem planejadas, segurança em todos os lugares, comida maravilhosa, e CALPIS (uma bebida deliciosa)... enfim, um país que beira a perfeição – há os terremotos e a pressão social por perfeição que leva muitos lá a depressão é claro, mas é o preço a ser pago por todo o resto, imagino.

Quanto a pressão social, a impressão que eu tive foi diferente. Andei de trem em dias de semana em horários de ida e volta ao trabalho de muita gente. Andei pelas ruas de Shibuya e Nakano em Tokyo em horários de grande movimento, andamos por templos lotados de pessoas e espaços públicos diversos em várias cidades. A maioria das pessoas me pareceu “de boa”, ou seja, sem tristezas ou depressão – na verdade até animadas - por causa de trabalho ou estudos. Havia muita gente passeando, muita gente curtindo a vida – mesmo indo trabalhar ou estudar - sabendo respeitar muito as demais pessoas (silêncio nos trens e locais públicos, nada como aqui no Brasil com gente idiota ouvindo música alta).

Todaji, ou Templo do Grande Buda, em Nara
Seja antes da ida ou depois do meu retorno, muita gente me perguntou porque eu queria ir para o Japão, e mesmo agora, quando falo que fui para lá, sempre me dizem algo como “que viagem diferente”.

De fato, a maioria das pessoas que fazem “grandes viagens” em suas vidas normalmente falam que foram ao mesmo destino: Europa. Alguns fogem do padrão e falam que foram para os EUA, Canadá, México ou para outros países da América do Sul como Argentina ou Chile. Mas são muito poucos os que falam que foram para o Oriente de uma forma geral – seja o Oriente Médio ou para a Ásia, ficando a Oceania como principal destino pelo fato do inglês ser a língua nativa desses países, ou Israel por viagens missionárias.

Gosto de pensar que falam isso pelo fato do Japão – o Oriente em geral - ser extremamente distante de nós aqui do Brasil, e ser muito caro ir até lá – fomos de classe econômica e ainda assim gastamos tudo o que tínhamos, não sobrou nada e nossas economias se foram.

Digo que gosto de pensar assim porque as vezes tenho a impressão que as pessoas na verdade pensam que o Oriente, Ásia e o Japão não são interessantes, o que seria de uma ignorância imensa: são países extremamente ricos culturalmente (e alguns como o Japão são economicamente também), com muitas diferenças quanto ao ocidente é verdade, mas justamente por isso são extremamente interessantes. Sem contar que muitas de suas diferenças são – na minha opinião pessoa – para melhor. Muito melhor.

Não é de hoje que eu sou admirador da cultura japonesa. Um dos primeiros posts desse blog, de muitos anos atrás, fala justamente de animes, algo pelo qual sou apaixonado até hoje e pelo visto sempre serei. Animes e a culinária foram minha porta de entrada para a cultura japonesa e minha grande admiração por este povo, o que foi extremamente intensificada com minha viagem. Hoje tenho mais admiração por eles do que nunca. Até mesmo vontade de aprender japonês me surgiu e ainda perdura. Quem sabe, quando minha pós terminar, não faço aulas com a sensei de minha esposa?

Japoneses e orientais em geral – e isso inclui os povos árabes – tem muitas qualidades, e na minha opinião esse é um dos fatores que tem feito o oriente ressurgir como potência, levando a liderança do poder político e econômico do mundo para lá novamente depois de muitos séculos. Mesmo os orientais que moram fora de seus países de origem, ou descendentes destes que preservam sua cultura em outros países como é o caso dos japoneses no Brasil se destacam positivamente. Japonês no Brasil tem fama de inteligente, competente e eficiente não é a toa.
Osaka-Jo - Ou Castelo de Osaka, em (adivinhe só) OSAKA!

Outros podem pensar que ir para o Japão ou oriente é complicado por causa do idioma. É verdade que a maioria dos japoneses não fala inglês – e os que falam, não falam muito bem – mas isso não é nenhum impeditivo, pois você consegue se comunicar com eles de várias outras formas, por mais estranho que isso possa parecer.

Eu estava em Tokyo, em um combini, e um cara viu minha camiseta com o logotipo do McDonalds (na verdade estava escrito MACAXEIRA abaixo, é uma camisa que me trouxeram de Natal) e puxou papo! Conseguimos conversar, acredita? E eu não falo praticamente nada de japonês.

Eles tem uma atitude de querer entender o que os estrangeiros falam, então isso facilita tudo, até com mímica. Sem dizer que placas e mapas estão sempre em japonês e inglês. E tudo é organizado, e limpo, e seguro, e eficiente, e bonito... a estética é algo tão importante e natural na cultura japonesa que eu nem sei se eles pensam em fazê-la ou se isso já é algo orgânico, que eles fazem inconscientemente.

Bem, eu poderia escrever paginas e páginas sobre o Japão e o assunto não se extinguiria. Foi maravilhoso, e isso resume bem tudo. É uma viagem que recomendo a todos. O Japão e o povo japonês são maravilhosos. Um dia, se possível, eu volto.
Cruzamento no bairro de Shibuya, em Tokyo



23 de junho de 2013

O FILTRO DO TEMPO

Hoje pela manhã na EBD um dos assuntos foi quanto a adoração e sobre a questão do erro quanto a imaginar que ela só ocorre por meio da música. Isso acabou caindo na exposição do conceito de que Deus criou todos os tipos de músicas (músicas, e não letras). Eu já sabia disso, mas o assunto me fez lembrar de algumas músicas do passado e ai me lembrei de um post que há bastante tempo eu gostaria de escrever mas nunca o fiz.

No final dos anos 80 e começo dos anos 90 eu era um garoto que estava começando a gostar do tipo de música que ainda hoje mais gosto: rock. Mas assim como hoje, naquela época havia uma série de divisões e rivalidade - mesmo entre os roqueiros - quanto a um grupo ser "de homem" e outro ser "de mulheres ou gays". Um absurdo, porque a maioria tinha cabelo comprido, rosto barbeado e até usava maquiagem.

Assim, eu gostava de Metallica e repudiava Bon Jovi. Ouvia Faith no More mas desligava o radio se começava a tocar Skid Row. Tive Nirvana (a grande quebra de paradigma) como minha banda preferida e Guns'n Roses como trilha sonora de minhas depressões adolescentes, mas saia correndo se tocava Poison. E assim em diante. Isso sem falar em uma espécie de exclusividade de estilo que fazia não só eu mas grande parte dos roqueiros da época repudiarem outros estilos musicais.

Hoje, mais amadurecido quanto a esse comportamento (graças em parte a minha esposa, que me fez ouvir tudo dos Beatles e a entender que as mudanças podem ser coisas excelentes) hoje me pego ouvido e gostando de músicas e grupos que antes eu odiava, porque diante do panorama musical atual, com funk, pop de péssima qualidade, sertanejo universitário e outras coisas, eu percebo que Bon Jovi e Skid Row eram EXCELENTES.

Não decreto que estes estilos de "música" sejam ruim, mas sim que particularmente eu os acho de má qualidade. Mas disso, o mais engraçado é ver que gosto muito de músicas que detestava por puro preconceito da época. Nada como o filtro do tempo para que as opiniões mudem, não? Mas ainda assim eu DUVIDO que um dia eu me veja gostando de funk...

Abaixo coloco algumas destas músicas que eu odiava e hoje curto muito. Você tem alguma que compartilha? Comente ai!











13 de junho de 2013

BRIGADEIRO: PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO

Brigadeiro

Nós brasileiros amamos brigadeiro! Desde sua invenção ele se tornou um dos doces mais consumidos no país. Difícil é achar quem não goste desta perfeita e fácil combinação de chocolate, leite condensado, manteiga e granulado, ou até mesmo de uma de suas inúmeras versões onde outros ingredientes são usados. Mas por que afinal o brigadeiro tem a cara do Brasil?


INSTITUIÇÃO NACIONAL

Uma resposta simples é que o brigadeiro, além de ser uma invenção nossa, é um doce democrático. Brigadeiro é comido por ricos e pobres, homens e mulheres, adultos e crianças. Está presente em inúmeras ocasiões: das festas infantis onde sua ausência é quase que uma ofensa até nas festas mais chiques e lojas especializadas, onde sofreu um belo upgrade com uma apresentação mais elaborada e a preparação com ingredientes de alta qualidade, ganhando o status de doce gourmet. Pode ser feito em casa para ser comido direto na panela enquanto se vê televisão sentado no sofá, ou servido em destaque ao lado de camafeus, macarons e trufas em ocasiões requintadas. É um doce absolutamente polivalente, assim como o próprio brasileiro.


Na verdade difusão do brigadeiro na sociedade brasileira é tão grande que podemos falar que ele é uma instituição nacional, semelhante à feijoada, a caipirinha, o carnaval e o futebol. É algo que explica um pouco o que é ser brasileiro, não com palavras mas sim com sabores e sensações. É algo do qual brasileiros no exterior por longos períodos sentem falta. E é algo que quando um estrangeiro conhece, se apaixona. 



Brigadeiros ♥ORIGEM
O brigadeiro não é um doce regional como tantos outros. Pelo contrário, é degustado e conhecido com a mesma desenvoltura de norte a sul do país, mesmo que com nomes diferentes - no Rio Grande do Sul por exemplo ele é chamado de "Negrinho". Daí a dificuldade de se saber exatamente qual é sua origem. Mas existe uma história muito popular que explica seu surgimento, e ela envolve uma candidatura a presidência da república. 

Nas eleições presidenciais de 1945 o brigadeiro Eduardo Gomes - militar famoso na história do Brasil - concorreu contra o general Eurico Gaspar Dutra e perdeu. Mas mesmo perdendo ele entrou para o imaginário dos chocólatras do país. Suas festas de campanha eram concorridas porque logo se espalhou entre seus partidários que nelas era servido um doce delicioso que, por falta de um nome de batismo, era chamado de "o preferido do brigadeiro", e logo passou a se chamar apenas "brigadeiro". Um pouco diferente da versão básica atual (não era envolto em granulado mas sim em açúcar), ele se tornou um sucesso imediato, mas a pessoa que o inventou, de fato, ninguém sabe quem foi. 



brigadeirosEVOLUÇÃO
O brigadeiro mudou bastante desde seu nascimento. Hoje é possível encontrar lojas especializadas que vendem brigadeiros dos mais diversos tipos, com confeitos variados e sabores diferenciados. Há hoje, além dos básicos de chocolate e chocolate com alta concentração de cacau, brigadeiros de limão, café, nozes, banana, mel, cachaça, nutella, menta, canela e até de azeite com flor de sal - um sabor bem exótico, diga-se de passagem. 


O brigadeiro evoluiu tanto que tem ultrapassado até mesmo as barreiras nacionais, tornando-se sucesso em outros países. Em Nova Iorque por exemplo há uma loja - a Brigadeiro Bakery - que é especializada na venda deles, e que tem feito muito sucesso.

O futuro do sucesso do brigadeiro parece ter reservado um céu que leva o seu nome. 



RECEITA
Depois de ler isso tudo aposto que você ficou com vontade de comer um brigadeiro, certo? Que tal fazer a receita a seguir? 

Tanto essa receita quanto diversas outras informações deste artigo usaram como referência "O Livro do Brigadeiro", de Juliana Motter - Ed. Panda Books, 2010. Recomendo a todos os amantes deste maravilhoso doce.

BRIGADEIRO TRADICIONAL


Rendimento: 30 brigadeiros 


Ingredientes:

- 1 lata de leite condensado
- 4 colheres de sopa de chocolate em pó (chocolate, e não achocolatado)
- 1 colher de sopa de manteiga extra sem sal (manteiga, e não margarina)
- Granulado de chocolate
- 30 forminhas de papel plissado (forminha de brigadeiro) 


Modo de fazer:

Abra a lata de leite condensado e despeje-a na panela. Coloque o chocolate em pó e a manteiga e leve ao fogo baixo, mexendo até que a massa desgrude do fundo da panela. Quando estiver no ponto desejado retire da panela e coloque em um recipiente de vidro ou louça untado com manteiga. Deixe esfriar, molde as bolinhas, passe-as no granulado e coloque-as nas forminhas de papel.


*Este artigo seria originalmente publicado pelo Yahoo! Rede de Contribuidores, mas como foi rejeitado para publicação pelos editores, estou livre para publicá-lo aqui.

7 de maio de 2013

O FIM DO ASSUNTO MRV

Depois do ultimo post e dos últimos comentários que recebi, de fato constatei que, por mais absurdo e injusto que possa parecer, eu poderia sim, eventualmente, ser processado por reclamar de tudo o que me ocorreu na compra de meu apartamento com a MRV e a Prado Gonçalves em 2007/2008 (como visto aqui e aqui). Seja porque posso ter feito escolhas ruins de palavras, seja porque em alguns pontos que reclamei, eu não tenho mais como provar.

Eu tenho provas para me defender em algumas alegações que fiz, mas outras obviamente não - não há prova para a promessa que me foi feita no fio do bigode por exemplo quanto a data de entrega.

Mas a ideia de ter essa dor de cabeça de ter que enfrentar um processo a troco de nada me fez tomar a decisão de remover as páginas onde falo de forma apaixonada sobre o assunto. Não houve nenhuma coação ou ameaça neste caso por parte de ninguém. Foi apenas algo que constatei após comentários recebidos do que escrevi e uma rápida pesquisa na Internet, com jurisprudência existente. Então os leitores deste blog não vão mais achar as páginas mais acessadas sobre o assunto.

Porém faço isso com a sensação de dever cumprido. Foram mais de 10.000 acessos de pessoas que leram o meu caso em uma época em que as pessoas não tinha muita informação e nem canais para reclamar. Hoje os posts do meu blog não são mais necessários porque existem milhares de outros fazendo isso de uma maneira juridicamente mais elaborada do que a minha, onde não correm o risco absurdo de verem sua reclamação genuína lhes trazer sérios problemas por falta de provas daquilo que falam. Todos tem como saber e formar opinião sobre a forma de trabalho da MRV e dos corretores que trabalham com eles por meio de outros canais diversos. Este blog deixa de ser um destes canais.

Agradeço a todos os que leram meus posts e peço perdão a qualquer um que tenha sido ofendido (normalmente corretores, com os quais me desculpei no ultimo post) e os convido a ler os outros posts de meu blog, que não tem nada a ver com consumo ou imóveis, mas sim com algo infinitamente mais importante: Jesus e a salvação que Ele tem para sua alma e sua vida.

Que fique a lição aos consumidores em geral: em qualquer compra ou venda, busque se resguardar. Anote tudo, obtenha documentação, carimbos e comprovantes, exija as coisas por escrito ou por e-mail - que vale como prova judicial. Elas serão provas a seu favor no caso de algum problema, e mesmo que não se chegue ao ponto de você entrar com um processo, você ao menos estará livre para botar a boca no mundo sem temer um processo por calúnia e difamação.

4 de maio de 2013

CORRETORES E O DESENTERRAR DE UM ASSUNTO CHATO

Fazia muito tempo que eu não falava sobre meu apartamento e sobre problemas com a MRV.

Na verdade, o assunto nem sequer passava mais pela minha cabeça, pois tudo o que ocorreu na época (entre 2007 e 2008, há 5 anos portanto) já foi resolvido ou se resolveu com o tempo, e hoje em dia eu me preocupo com uma série de outras coisas mais importantes e atuais, de ordem prática e espiritual, e deixo as coisas do passado lá mesmo - no passado. O que passou, passou. Mas as vezes o passado bate a porta, e as vezes é bom abrir a porta, deixar ele entrar e relembrar - e porque não repensar - algumas coisas.

Tive mensagens de pessoas reclamando de algumas coisas que eu escrevi na época, onde eu estava com "sangue nos olhos" por todos os problemas que estava passando.

Pode ser que eu tenha exagerado em algum comentário? Não sei... então resolvi checar. Não sou orgulhoso. Posso ter falado besteiras, e não seria a primeira nem a última vez.

Meus posts sobre meus problemas com a MRV e os corretores por ela indicados naquela ocasião continuam a ser lidos por muitas pessoas que procuram na Internet referências sobre a citada construtora no momento de avaliarem um negócio imobiliário por ela proposto, e creio que isso - somada a centenas ou milhares de outras opiniões de pessoas que como eu tiveram problemas - pode estar levando algumas pessoas a desistir de comprar imóveis com esta construtora, fazendo com que alguns corretores percam negócios - e comissões.

Creio não ser por isso que alguns corretores me escreveram, mas sim porque eu generalizei - injustamente, de fato - uma crítica a profissão deles, colocando todos os gatos no mesmo saco. Julgo os que me escreveram como nobres neste aspecto, e apenas interessados em limpar a imagem de sua profissão neste blog perante seus leitores - blog que pra início de conversa nem trata sobre assuntos imobiliários e de consumo, mas sim de ordem pessoal e espiritual. O post que ocasionou todo este debate era apenas um desabafo meu diante do ocorrido naquela situação, e até onde eu saiba, isso a lei ainda me permite. Mas como fui lembrado, com limites.

Então, vamos por partes.

Cara Franciely, de fato exagerei e fui injusto quando eu disse que "Corretores não prestam. Fala-se mal de advogados, mas corretores são a raça mais abominável da face da Terra.". Você está certa em me chamar a atenção quanto a isso e vou editar o post neste trecho. Eu estava transtornado de fato quando escrevi aquele texto e reconheço o erro.

O fato de um corretor ter se aproveitado da minha necessidade na época e ter me enganado, me obrigando a viver de aluguel em uma kitnet por meses, recém casado, sem nenhum ressarcimento, é o que me levou a reclamar daquela forma naquela época. Não estava com a razão, mas você não ficaria nervosa também se tivesse passado por isso tudo?

Minha sogra vendeu e comprou imóveis recentemente (com outra corretora e outros profissionais, obviamente) e eles foram muito prestativos e corretos, mas isso não apaga o fato de que quando eu comprei meu imóvel, não foram corretos comigo. Gato escaldado tem medo de água fria, daí generalizei - incorretamente - no calor do momento. Os motivos do porque estava transtornado estão bem explicados no post em questão.

É preciso no entanto  fazer uma observação quanto a isso e atentar para o fato - reconhecido por você mesma - de que em qualquer profissão há bons e maus profissionais, e com corretores isso não é exceção - tanto que na Internet e até mesmo em comentários de outras pessoas no post em questão existem vários casos relatados que são semelhantes ao meu. Daí é importante ficar atento, pesquisar e confirmar o máximo de informações possível.

Já para o caio alexandre Gomes, gostaria de dizer que você também esta certo em dizer que eu não comprei uma calça jeans mas sim um imóvel - da MRV em que você trabalhou, é verdade, mas ainda assim um imóvel - e que eu não pesquisei direito e por isso tive todos os problemas que tive.

Você está certo também em dizer que provavelmente eu tinha o direito de reclamar e que meu problema não foi com um corretor, mas sim com um "corretor oportunista" - já me corrigi acima com a Franciely.

Se eu tivesse tempo na época, se eu tivesse condições, se eu tivesse maturidade, se eu tivesse experiência na compra e venda de imóveis, e principalmente, se eu tivesse mais dinheiro, eu teria feito bem diferente. Mas o problema do "se" é que ele não existe, porque o fato já está consumado há 5 anos, como disse. O que passou, passou.

Porém continuo a afirmar que a culpa dos problemas foi sim dos corretores (oportunistas) que me atenderam e da construtora, porque se aproveitaram exatamente da minha inexperiência e inocência - e isso não é crime, mesmo que leve a problemas como os que me afetaram, tão pouco justificativa para alegar que a culpa foi minha, uma vez que não fui eu quem agiu de má fé.

Como consumidor de primeira viagem me empurraram um contrato que não garantia uma promessa fundamental que me foi feita "no fio do bigode" na venda, a fim de me convencer a fechar a compra: a data de entrega. Não questiono mais qualidade de acabamento, nem qualquer outro problema estrutural, coisas com as quais me resolvi. Falo apenas da data de entrega. E isso posso provar porque até hoje tenho o contrato de compra e nele não existe nenhuma data.

Eu poderia ter processado a construtora e a corretora? Sim.

Minha advogada me falou na época que era possível, mas disse que seria uma briga longa e que eu não ganharia nenhuma indenização grande, e que ainda por cima eu demoraria mais ainda a ter as chaves do imóvel. Preferi ficar quieto e esperar porque como disse EU PRECISAVA MUITO de um teto para morar, e isso me levou a engolir esse sapão que, aliás, somado a outros fatores, diversos, me levou a enfrentar uma depressão que levei quase 5 anos para superar. Mas "gritar" como você disse, ah, disso eu não abria mão. "Gritei" não para resolver meu problema - que eu entreguei nas mãos de Deus e fui honrado  por Ele meses depois  - mas por outro motivo.

Como eu, há milhares de consumidores de primeira viagem pelo país. E eles precisam ser avisados de que o mundo não é cor de rosa nem nada, e que comprar imóveis tem muitos riscos - como você mesmo destacou - caso caia nas mãos de um CORRETOR OPORTUNISTA.

Se eu tivesse seguido sua recomendação e entrado na justiça ao invés de "gritar" e publicar em meu blog o que me ocorreu, eu e tantos outros - em seus blog,s sites como "Reclame Aqui" e outros - não estaríamos dando a estes milhares de compradores inocentes nossos pontos de vista sobre o assunto, nossas experiências. Não estaríamos dando a eles justamente material para fazer a pesquisa que você mesmo me disse que eu deveria ter feito para início de conversa. Simples, certo?

Não estou sendo leviano nem inventando história. Relatei tudo o que me ocorreu e tenho provas de tudo - recibos de aluguel, escritura do imóvel com data da entrega das chaves, etc.

Finalizando, sou grato a ambos por terem me escrito e me alertado sobre meu equivoco e injustiça, porque ao mesmo tempo em que pude corrigi-la, pude retomar o assunto, reforçar algumas opiniões e ajudar mais pessoas em suas pesquisas. E espero que o assunto tenha se resolvido com isso.

2 de abril de 2013

A GUERRA SANTA MODERNA

Uma acusação séria, mas no meu entender, improcedente

Discussões acaloradas, bate boca, irritação, divisão. Tudo o que mais odeio na raça humana tem infestado a Internet há muito tempo, mas vem se intensificando muito nos últimos meses. Isso porque o ser humano é puro ego e quer estar sempre certo, não quer se submeter a nada e nem a ninguém, muito menos em termos filosóficos. Cada um vê a vida de uma forma, cada um deseja vivê-la como bem entender. Todos querem estar certos. Mas para sentirem-se certos, precisam que todos a sua volta comportem-se da mesma forma. O certo é o que todo mundo faz, certo?

A Bíblia diz que não. Multidões exaltaram Jesus em sua entrada em Jerusalém, e a mesma multidão, poucos dias depois, pediu por sua crucificação. A multidão é portanto volúvel e manipulável desde a antiguidade, e confiar nela é como confiar suas posses aos políticos ladrões.

Mas como muitos acham que o certo é o que a maioria faz, manipular a massa para uma dada ideia, preconceito ou comportamento é fundamental, e para pessoas com dinheiro, poder e conhecimento, é algo relativamente simples. Os mecanismos usados para isso são os mesmos desde sempre:

  • Falta (restrição) de informação indesejada e isenta
  • Manipulação da pouca informação que chega até as pessoas
  • Uso das paixões e medos (e preconceitos previamente criados inclusive) das pessoas para potencializar a ação da informação manipulada


Diferenças de idéias é algo que existe desde o início dos tempos, e esse planeta já bebeu muito sangue devido a conflitos decorrentes da falta de capacidade que o ser humano tem de conviver e respeitar diferenças. Não há inocentes nessa história: qualquer um dos lados comeria o outro se tivesse oportunidade.

O que vem ocorrendo no Brasil e no mundo é uma polarização de ideais, uma guerra ideológica que usa dos mesmos mecanismos acima citados como "armas de guerra". Dizem que os cristãos - especialmente nós de fé protestante, os genericamente chamados de "evangélicos" - tem síndrome de perseguição, mas no Brasil ao menos o que ocorre é exatamente isso: perseguição.

Uma guerra santa moderna está em andamento. Um preconceito imenso e generalizado toma conta da sociedade. Se uma pessoa no congresso é dita evangélica, e ela é uma má pessoa, não protestam falando que ele é uma má pessoa, mas sim protestam porque ele é evangélico, como se evangélico significasse imediatamente uma pessoa de mal caráter, fundamentalista, preconceituosa e atrasada. Você não vê isso ocorrer com um católico, ou com um espírita, ou com qualquer pessoa de qualquer outra religião.

Como exemplo, vou citar algo que vi hoje: um manifesto na Internet (coisa cada vez mais comum) com abaixo assinado pelo AVAAZ, que conclama as pessoas a se mobilizarem contra o PEC 99/11. Peço que leia ambos os links e note o "aumento" do problema pela declaração que está no AVAAZ. Lá ela afirma  que a aprovação da lei vai, na prática, levar ao fim do Estado Laico. Mas leia bem o que a PEC propõe, e veja se em algum lugar ela diz que isso vai ocorrer direta ou indiretamente.

O que a PEC propõe é, no meu entender, desnecessário. Mas está longe de ser o fim do Estado Laico. Ela apenas propõe algo que eu entendo já ser garantido pela Constituição, que é a de que qualquer um possa questionar a constitucionalidade de uma lei - ou seja, questionar perante o judiciário se uma dada lei fere alguma disposição constitucional prévia. A PEC apenas tenta garantir que entidades religiosas tenham o mesmo direito, o que para mim é redundante. Mas não é perigoso para o Estado Laico.

Entidades religiosas não poderiam chegar ao STF, portanto, e alegar que uma lei não pode ser validada por ir contra a Bíblia ou o Alcorão ou a doutrina espírita ou qualquer outra coisa. A única comparação que poderiam fazer seria com a própria Constituição, e esta garante o Estado Laico claramente, o que desvincula qualquer lei de atender demandas religiosas que vão além daquelas que garantem o direito de culto.


Mobilizações como esta citada no abaixo assinado me preocupam por causa disso: a maioria das pessoas não se dá ao trabalho de pesquisar e ler a respeito (eu mesmo deixo de pesquisar a maioria das coisas). Ir no site do Congresso e ler o texto da PEC nesse caso foi bem simples, mas as pessoas não leem e apenas assumem que a manifestação é legítima porque a mídia tem falado mal dos evangélicos das religiões e insinuado que estão tentando implementar uma ideologia fundamentalista no país, o que implica automaticamente na sensação de que a acusação é real e, portanto, devem apoiá-la baseado nos seus próprios preconceitos a respeito do assunto, independente do lado que normalmente apoie - religiosos fazem igual ou pior neste quesito infelizmente.


Para mim, ações como esta votação são no mínimo suspeitas.

Até que ponto mobilizações como essa são realmente preocupadas com a liberdade e bem-estar da sociedade? Até que ponto isso é apenas mais uma batalha fútil entre religiosos e laicos, batalhas que visam apenas criar mais divisão na sociedade e fortalecer preconceitos de ambos os lados?

Porque para mim isso tudo é cavalo de batalha apenas para este fim: criar barulho, gerar divisão entre o povo, desviar a atenção pública, desestabilizar a sociedade criando movimentos de interesses antagônicos e irreconciliáveis.

Eu entendo e defendo que o Estado Laico é necessário em uma sociedade plural como a nossa - eu não ia querer que uma religião, mesmo a minha, me obrigasse a fazer qualquer coisa por lei pois espiritualmente eu vivo pela graça de Jesus - mas quando tenho visto manifestações como essa eu tenho ficado com um pé atrás, porque no final das contas se uma religião qualquer questionar algo no STF, a palavra final será dos ministros e não dos religiosos, e espera-se que os ministros façam o que tem que fazer, que é aplicar a lei fria e pura, isenta de qualquer partidarismo.

O que me deixa mais inquieto é a sensação de que a sociedade quer negar aos evangélicos (e outras religiões quem sabe) de se manifestarem, de se fazerem representados e de opinar, de lutarem por certas leis, exatamente como eles tem feito. Querem isolar e exterminar ideologicamente o cristianismo porque incomoda. O que infelizmente é entendível, vendo o comportamento errático, hipócrita e falho dos "cristãos", principalmente daqueles que se dizem líderes e daqueles que se envolvem com a política. O mal testemunho tem matado o cristianismo como movimento mais do que qualquer coisa.

Finalizando, o capítulo 3 de 2 Timóteo sempre me retorna quando penso no porque das coisas serem como são. Creio ser explicação de Deus.

Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes.

São estes os que se introduzem pelas casas e conquistam mulherzinhas sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos. Elas estão sempre aprendendo, mas não conseguem nunca de chegar ao conhecimento da verdade.

Como Janes e Jambres se opuseram a Moisés, esses também resistem à verdade. A mente deles é depravada; são reprovados na fé. Não irão longe, porém; como no caso daqueles, a sua insensatez se tornará evidente a todos.

Mas você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança, as perseguições e os sofrimentos que enfrentei, coisas que me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra. Quanta perseguição suportei! Mas, de todas essas coisas o Senhor me livrou!

De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 

2 Timóteo 3

1 de abril de 2013

IRRITAÇÃO, MEDO E ZONA DE CONFORTO

Este final de semana eu fiquei tão irritado que fiquei até cansado. Tenho certeza de que as pessoas que tiveram contato comigo (minha esposa principalmente) ficaram de saco cheio de mim. E hoje, segunda pela manhã, a irritação continua muito forte. Eu sei o que a motiva e o que ela significa. Só não sei o que fazer com ela. Acho que escrever e desabafar sobre ela podem me ajudar.

No próximo sábado começa meu curso de pós-graduação, um MBA de Gestão de Segurança de Informação. Durante o período de um ano a partir de agora meus sábados estarão totalmente dedicados a esse curso. De manhã cedo até o final da tarde. Isso significa que o único dia da semana que eu via como "meu" não é mais "meu". O único dia que eu tinha pra dormir até tarde, ficar de bobeira em casa sem fazer nada ou (raramente) arrumar algo para fazer não me pertence mais até abril de 2014.

Veja que esse "não me pertence mais" é uma ilusão. Me pertence sim. É claro que eu estou fazendo esse curso por vontade própria, mesmo que eu acredite ter sido levado a esta decisão mediante uma pressão nebulosa e incerta do mercado de trabalho e da sociedade que espera que alguém na minha idade e cargo tenha um MBA ou algo do tipo - isso pode ser apenas uma paranoia também, reconheço.

A decisão final foi minha de uma forma ou de outra. Mas emocionalmente eu não queria fazer nada aos sábados.

Emocionalmente eu só queria dormir até tarde aos sábados, acordar tendo o dia inteiro livre diante de mim. Emocionalmente eu só queria ficar "de boa". E agora eu tenho que acordar cedo, e estudar, e me preocupar com notas e avaliações, e conhecer e me enturmar com novas pessoas (o que é especialmente complicado para mim), e me sair bem porque minha empresa está pagando uma bolsa parcial para mim e devo corresponder ao investimento. Tudo porque eu quis, porque eu fui atrás, porque eu escolhi. Então porque fico irritado?

Estou irritado porque estou saindo da minha zona de conforto, e mesmo que a decisão tenha sido minha, acho que não foi e me sinto preso a uma situação de forma obrigada.

Fico pensando no quão cansativo será, mas também fico me aterrorizando com pensamentos de que não vou dar conta dos estudos, de que vou reprovar e ter que pagar o curso do meu bolso, de que não vou entender as coisas, e fico me questionando se o curso que escolhi é mesmo adequado para mim - mesmo que o orientador do curso tenha me dito em minha entrevista que, diante dos objetivos que expus, o curso seria bem interessante e aderente a meus objetivos e perfil profissional e acadêmico.

Temores, muitos temores.

De fato me sinto como Bilbo no começo da história do Hobbit. Confortável em Bolsão, no Condado, reluto em sair em uma aventura e abandonar minha toca, meu cachimbo, minha comida e minha paz - coisa que prezo acima de quase tudo.

Imagino que minha pós será como a jornada de Bilbo de alguma forma, onde me verei irritado e assustado inicialmente, e desajeitado, e achando que aquilo é um erro terrível e que eu não deveria estar ali, sentindo saudades de minha toca e minha zona de conforto. Mas uma hora as coisas acabarão se encaixando e a experiência se torná agradável e memorável.

Muita coisa nessa vida, não apenas para mim mas sim para a maioria das pessoas, eu acho que são feitas dessa forma: nos forçamos a agir porque caso contrário, ficaríamos estagnados. Apesar do meu ser emocional me dizer e lutar para que eu ficar parado e estagnado, o fato de ter tido forças para me obrigar a fazer algo que eu sei que é certo já me dá algum alento, mesmo com a irritação colateral.

Eu sei que esse curso é bom, sei que é importante para minha carreira e sei que é certo, independente da minha resposta emocional. Sou grato a Deus por entender isso, e por saber que Ele estará comigo em todos os momentos, nesse curso inclusive.

18 de março de 2013

A GATINHA NO MOTOR DO CARRO


Eu e minha esposa vamos viajar em breve, então após sairmos da igreja ontem pela manhã fomos almoçar, voltamos para casa, pegamos o Xaveco e fomos com ele até um hotel canino que nos indicaram, que fica a uns 30 minutos de casa.


Tanto na ida quanto na volta a gente ouvia, vindo de algum lugar indefinido, o miado de um gato. Pensamos que era da rua. Ainda brinquei com minha esposa e falei "deve ter um gato no motor", mas totalmente na brincadeira. O miado parou e fomos até o lugar.


Na volta, o miado ocorreu mais forte ainda. "Pare o carro" eu disse. Minha esposa parou no meio da rua, abrimo o capô e lá estava ela, essa linda gatinha siamesa da foro, apavorada. Ela ficou no motor do nosso carro por pelo menos umas 2 horas!



Ela estava, milagrosamente, ilesa!

Trouxemos ela para casa, mas ela estava apavorada, ainda mais  com a presença do Xaveco, que trancamos no quarto. Demos leite morno para ela beber, e alguma coisa para comer. Ela se enfiou na estante de livros e ficou ali, escondida no meio dos volumes. 

Como moramos em apartamento com um cachorro louco como o Xaveco, e ainda por cima minha esposa é alérgica a gatos, não podíamos ficar com ela. Uma amiga da minha esposa, que tem e ama gatos, se prontificou a ficar com ela até acharmos um lar adotivo definitivo, o que ocorreu em menos de 24 horas. Ela já deve estar em sua nova casa neste exato momento, enrolada com os novos guardiões, brincando e se recuperando do susto que infelizmente eu participei involuntariamente.

Isso me trouxe um monte de lembranças e emoções a tona. Quando criança, tivemos em casa um gato siamês que eu adorava de paixão. Dormia com ele na minha cama, e foi com ele que me tornei um servo fã de gatos. O nome dele era Maradona e é esse ai na foto ao lado.

O Maradona foi encontrado morto pelo meu irmão mais velho na porta de nossa casa, atropelado. Ele gostava de dar umas escapadas, e na noite anterior estava louco para dar uma volta noturna. Foi sua última.

Não costumo falar muito disso, mas pelo que me lembro, a morte dele foi um dos meus grandes traumas de infância. Lembro claramente que prometi a mim mesmo nunca mais estabelecer vínculos daquela forma (não com essas palavras) porque a dor foi terrível, quase insuportável, e eu não queria sentir aquilo de novo nunca mais. É muito triste para uma criança perder seu amigo querido assim tão abruptamente, sem ter uma maturidade emocional de suporte.

Rever esta gatinha me fez sentir isso tudo de novo. Mesmo sabendo que era impossível, eu adoraria ter ficado com ela. De certa forma vivenciei a perda mais uma vez no nível emocional, porque tive comigo essa gatinha para logo em seguida perdê-la de novo. Perdê-la pelos motivos certos dessa vez, para que ela tivesse uma família que a amasse e cuidasse adequadamente dela. Mas mesmo assim, uma perda.

Acho que vou ficar alguns dias meio deprimido.

11 de março de 2013

CONTANDO ATÉ 10

Quando eu era criança eu via muitos desenhos animados na TV. Não vou me lembrar em qual dele foi - Pica-Pau quem sabe - mas foi assistindo a estes desenhos que tive contato com essa história de "contar até 10" para me acalmar diante de alguma irritação. É uma lição importante para crianças e adultos. E fundamental para um convívio tranquilo.

Já passei por muitas situações de irritação, e em muitas delas acabei explodindo (tomando ações de externalização da frustração e descontentamento). Na maioria absoluta delas me senti muito mal depois porque percebi que não havia afinal motivos para ter ficado irritado para início de conversa. Ou seja, o problema era em mim e não na situação/pessoa que havia me irritado.

Não mando muito nas reações emocionais que tenho, mas mando nas reações racionais e conscientes  As emoções são muito mais poderosas no entanto, e tentam comandar as reações racionais - grite, reclame, seja grosso! Mas ai vem nossa força de vontade e sangue frio para nos controlar... e esperar.

Na maioria das vezes em que me segurei, e esperei por exemplo um dia, percebi o que disse antes: não havia razão legítima para me irritar. E evitei os problemas, mágoas e ferimentos que minha explosão teria causado. Analisando a mim mesmo, pude me conter, porque no final das contas esse é um dos únicos pequenos controles que temos nesse mundo - nosso comportamento, assim mesmo, bastante limitado de certo modo.

É claro que se conhecer é fundamental, e conversar é tão importante quanto. Se você convive com alguém que faz alguma coisa da qual você não gosta, que te irrita, mesmo que não seja nada errado, é sábio conversar com a pessoa e explicar o que ocorre, já que assim a pessoa pode te ajudar, quem sabe, evitando fazer aquilo, que como eu disse não era algo necessariamente errado para início de conversa - apenas te irrita. Ao mesmo tempo você passa a se esforçar para deixar de achar aquilo irritante, e ambos podem viver bem juntos.

Pensar desta forma é saudável, e já vivenciei bençãos por evitar falar diversas coisas a diversas pessoas simplesmente porque contei até 10.

Minha esposa por exemplo se esquece de muitas coisas, e isso me irritava muito. Depois que entendi que ela não faz por mal, e que o fato dela ter DDA e hiperatividade a impede de se lembrar de tarefas e compromissos como alguém dito "normal" (porque não há como estabelecer um critério de normalidade nesse caso) eu passei a ser mais tolerante, contar até 10, e muitas vezes antecipar os esquecimentos dela e avisá-la de compromissos, ajudando-a.

Recomendo muito que todos aprendamos a tolerância. O mundo carece muito dela. Uma matéria da revista Galileu diz que pesquisadores descobriram que a rejeição dói tanto quanto uma queimadura. Bater boca a troco de banana também deve machucar bastante a gente.