LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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22 de agosto de 2012

DEUS, PECADO, SEPARAÇÃO E SENTIMENTO DE REJEIÇÃO

Já ouvi muitas pessoas falando algo do tipo “Eu vou pro inferno mesmo, porque devo me preocupar com Deus?”. Fiquei me perguntando porque elas pensam assim, e cheguei a conclusão de que é isso o que chamamos de consequência do pecado: a separação entre nós e Deus.

As pessoas se veem destituídas de uma suposta santidade - na cabeça delas pré-requisito para poder se relacionar com Deus - e preferem se distanciar, esquecer que Ele existe, resignar-se com um destino terrível fazendo pouco caso (a maioria acha que o Inferno não é tão ruim assim). Muitos preferem negá-lo totalmente, ou escolher uma religião que lhe dê mais conforto, que na visão dela comporte melhor seus defeitos, que seja mais flexível ou adequada a filosofia e conceitos de certo e errado dos humanos. Não entendem bem a mensagem de Jesus. Elas deviam dar uma (nova) chance a Ele e estudar a palavra com afinco e isenção, principalmente os evangelhos. Entenderiam que Deus quer a todos independente de seus pecados. TODOS. Isso inclui você. Mas nem todos o querem.

É mais palpável pensar na consequência do pecado - a separação entre nós e Deus - em termos práticos do que  metafísicos. O pecado faz com que nos sintamos inaptos para uma relação com Deus porque colocamos nele expectativas nossas; nos mantermos afastados de Deus por achar que Ele não nos quer por perto e que nos odeia por sermos tão falhos.

As pessoas tem um conceito geral, observado inclusive no antigo testamento, de que Deus é algo 100% puro e santo, o que é verdade. E que nós, com nossos pecados, somos indignos sequer de nos aproximar dele, de querer nos relacionar com Ele, e inclusive de sermos amados por Ele.

Este é o poder do pecado. Ele nos distancia de Deus pela transgressão que caracteriza, mas também nos fazendo pensar que este pecado nos torna persona non grata diante de Deus indefinidamente.

Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam. Vens ajudar aqueles que praticam a justiça com alegria, que se lembram de ti e dos teus caminhos. Mas, prosseguindo nós em nossos pecados, tu te iraste. Como, então, seremos salvos? Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe. Não há ninguém que clame pelo teu nome, que se anime a apegar-se a ti, pois escondeste de nós o teu rosto e nos deixaste perecer por causa das nossas iniqüidades. Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos.
Isaías 64:4-8

O último versículo deste trecho e várias outras passagens na Bíblia demonstram de que nosso afastamento devido ao pecado não é eterno. O trecho acima deixa claro no entanto que nossas capacidades próprias são insuficientes para nos apresentarmos puros e santos perante Deus, que não é responsável por nossos desvios mas ao mesmo tempo não desiste de nós, tendo dado seu filho para nossa salvação. É exatamente como a parábola do filho pródigo:

Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. "Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. "O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. "Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar. "Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’. "O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele. Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’ "Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ ". 
Lucas 15:11-32

No Antigo Testamento os sacrifícios feitos no Templo serviam para a expiação dos pecados e purificação das pessoas perante o Senhor, mas o sacrifício supremo foi realizado com a vinda, crucificação e ressurreição de Jesus. Basta a pessoa entender, aceitar e se entregar a esta verdade para estar purificada diante de Deus, ter seus pecados lavados, e restabelecer sua comunhão com o Pai.

O final de tudo é que Jesus nos salva se nos entregarmos a Ele, se o imitarmos, se buscarmos ser como Ele foi.

Deus de fato quer de nós um estado santo e sem pecados, mas não temos como nos tornar santos para depois nos aproximarmos de Deus porque esta santificação provêm dEle. Ou seja, sujos e pecadores devemos buscá-lo em primeiro lugar através de Jesus, e por meio do Espírito Santo Ele operará em nossa vida, cotidianamente e por meio de inúmeras experiências e situações, pequenas transformações que nos tornarão mais e mais parecidos com Cristo, mais e mais próximos de quem Deus sabe que podemos ser.

Jesus disse em Marcos 2:17 "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores".

A santificação vem portanto de dentro para fora. Você não se comporta de forma santa para conquistar a salvação, mas é salvo por Jesus e depois disso passa a experimentar a transformação que lhe leva a um comportamento santo.

Continuaremos a pecar? Infelizmente sim. Mas vamos nos arrepender e lutar contra estes pecados. Essa é nossa cruz. Essa é  vida cristã. Uma luta que termina com nossa morte física dando início a nossa vida eterna ao lado de Deus.

Por fim alguns trechos relevantes a este mesmo assunto:

No dia seguinte João (Batista) viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! 
João 1:29

Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. 
Filipenses 3:7-15

Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. 
1 Coríntios 11:1

2 de agosto de 2012

ENTREGA

"Obrigado pelo pensamento mas nós não podemos aceitar
bilhetes de loteria"


Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: "Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver". 
Lucas 21:1-4

Deus olha o coração e contextualiza as ações de pessoa para pessoa, pois se somos todos iguais perante Ele, ao mesmo tempo somos diferentes em nossas capacidades, personalidades, qualidades e deficiências. O que é muito para um é pouco para outro e vice-versa. Deus quer entrega e confiança nEle no que nos é difícil e caro principalmente, assim como a viúva demonstrou. Afinal o que nos é fácil, é fácil. Deus não quer restos, mas sim a primazia de nossa vida como um todo, porque Ele nos criou, Ele nos resgatou, e portanto, é o que ele merece.

O trecho das escrituras que levou a esta reflexão é muito usado para falar de dízimo nas igrejas, mas o contexto do qual Jesus falava ali, gosto de pensar, era muito mais amplo do que apenas dinheiro. Aliás a questão toda do dízimo é mais ampla do que apenas dinheiro. Possui a simbologia do sacrifício de vida a Deus quando o dízimo era feito no templo, com os holocaustos de gado e demais animais. Ou seja, entrega e anulação de si mesmo em prol de Deus. O dízimo supremo, quem pagou, foi Jesus Cristo na cruz.

O dinheiro é algo importante para a maioria absoluta das pessoas mesmo que elas digam que não. O dinheiro limita algumas coisas de ordem prática que eu posso ou não fazer, e a maioria esmagadora das pessoas sempre o tem em quantidades menores do que deseja, e não necessariamente em quantidades menores do que deveria ter. Muitos de nós acabamos gastando com coisas desnecessárias e erradas e não sabemos administrá-lo bem.

De forma prática o dinheiro me possibilita fazer algumas coisas (não todas, muitas dependem apenas de minha própria vontade e disposição)  ou adquirir coisas que me permitirão fazer algo. Desta forma ele é um meio e nunca um fim em si mesmo.


Assim sendo, Deus não precisa do meu dinheiro meramente. Isso é fato e qualquer outra pessoa que afirmar que Deus precisa, mente. Há várias igrejas por ai que falam isso, o que é muito errado. O que Deus quer não é meu dinheiro, mas sim minha vida dedicada a Ele, mortificada e restaurada pelo amor em Jesus. É o significado da simbologia de entrega.

Igrejas por outro lado precisam do meu dinheiro.

As desonestas, para fazer todo tipo de coisa. De comprar canais de TV (e não usá-la corretamente para promover o evangelho) e jatinhos particulares a construir templos faraônicos para massificar seu doutrinamento biblicamente equivocado em muitos casos, passando por enriquecimento ilícito e alimentação de uma máquina religiosa que engana milhões de pessoas e trabalha contra o Reino de Deus, ridicularizando-o e desacreditando-o como a própria palavra fala que seria no final dos tempos.

As honestas, para pagar suas contas básicas, para sustentar honestamente e sem pujanças seus ministros e obreiros, e principalmente para promover o evangelho, seja pelo seu serviço religioso cotidiano, seja por meio de eventos evangelísticos, projetos sociais e culturais, divulgação em geral, etc.

Deus estabeleceu a entrega de dízimos por causa disso: para que sua representação material no mundo através da Igreja tenha um sustento igualmente material naquilo que materialmente ela precisa realizar para alcançar alvos finais espirituais. 

Ao mesmo tempo Deus proporcionou, para as pessoas que O amam, um canal pelo qual podem contribuir materialmente para atingir estes alvos espirituais, não para benefício de Deus, nem da Igreja em si, mas sim dela mesma (vendo-se participante e cumpridora do plano do Deus que ama) e das demais que serão alcançadas por meio das ações possibilitadas por seu gesto. Porque a Igreja de Jesus somos nós, e o alvo dEle é nossas vidas.

A viúva, ao ser pobre e proporcionalmente entregar mais dinheiro do que todos ali (Jesus diz que ela entregou na verdade TODO o dinheiro que possuía para viver), está materialmente sustentando a Igreja, mas ao mesmo tempo (e o foco deve ser nisso e não no simples dinheiro) está entregando suas possibilidades de vida a Deus. Ela está entregando tudo o que poderia ter feito com aquele dinheiro, como viagens, eletrônicos, diversão e alimentação. Não só os possíveis luxos e supérfluos, mas sim as próprias necessidades.

Isso é muito difícil! Ela está pondo a causa de Deus em primeiro lugar de uma forma bem radical! Não que viagens e diversão sejam errados, são coisas necessárias ao ser humano e Deus sabe disso porque Ele assim nos fez. Mas é uma questão de estabelecer prioridades. A viúva não se preocupou sequer com o que haveria de comer. As escrituras não citam nada a este respeito, mas o que Jesus disse sobre ela entregar tudo o que ela possuía para viver me leva a entender isso.

Me sinto péssimo agora ao pensar nas ofertas que costumo fazer em minha igreja. Quando as ofertas estão sendo recolhidas eu abro a carteira e o que estiver me sobrando ali eu dou. Mas olhe só o que eu falei: "o que estiver sobrando". Para a igreja e sua necessidade material de pagar contas e sustentar-se, tanto faz se eu dei o que sobrou ou não. Mas e quanto a meu coração e meu envolvimento com Deus? Estou me preocupando em primeiro lugar com Ele, com sua causa ao sustentar a igreja e me envolver com ela e deixar que ela propague o evangelho? Ou estou apenas me enganando e colocando a causa de Deus longe do topo que lhe pertence?

Deus não precisa do seu dinheiro. As igrejas podem até precisar dela para se sustentar. Mas o principal aqui é que Deus me ama, e uma vez entendendo seu evangelho e o amando pela salvação que Ele me deu em Jesus Cristo, entendo que a melhor forma de demonstrar isso é me doando e colocando-o como prioridade máxima. E não necessariamente com dinheiro, mas sim cumprindo com a vontade de Deus, amando ao próximo, ajudando pessoas, dando testemunho de Cristo, e (também) sustentando e servindo na igreja. Ou seja, vivendo Jesus, o que leva a contribuições em dinheiro ou não, dependendo do caso.

O que eu espero é que eu consiga dar primazia às coisas de Deus, com meu tempo, pensamento, dedicação e recursos. Primazia para promover o Reino de Deus, divulgar seu evangelho e ser instrumento do Espírito Santo para a salvação do maior número possível de pessoas.

FAZENDO O QUE TODO MUNDO FAZ


Ouça diversas opiniões e idéias para expandir as suas próprias, mas aprenda a pensar por si mesmo e a ser equilibrado e ponderado de acordo com suas convicções. Não tenha vergonha de acreditar no que você acredita. Não tenha vergonha de Jesus e do evangelho.

Seja amigo das pessoas e tenha integração com elas no dia-a-dia, mas não siga o rebanho só para se sentir parte de grupo e usufruir do conforto emocional e psicológico que isso lhe proporciona. Se integrar é importante, mas você não pode se amoldar a coisas que vão contra o que Deus nos declarou em sua palavra. Seja maduro.

Não seja uma pessoa intransigente, eternamente do contra e aniquiladora de opiniões, mas não seja um maria-vai-com-as-outras e concorde com tudo. Viva de acordo com quem você é. Seja equilibrado com sua fé.

Promova relacionamentos bons de amizade e camaradagem, mas não faça algo (apenas) para atender as expectativas alheias. Considerar as pessoas em seus relacionamentos é importante, mas não ao ponto de você se anular. Submissão total, só a Deus. Você é quem você é.

Minha mãe me dizia o seguinte quando eu era menor e falava que queria fazer algo porque todo mundo também estava fazendo: "Então, se todo mundo começar a comer merda, você vai comer merda também?". Ou seja: não é porque todo mundo faz algo que aquilo é bom. A maioria simplesmente nem se pergunta isso, apenas faz.

Você se pergunta se o que você faz é o certo?