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11 de julho de 2012

IGUALDADE


Então, a lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que crêem. Antes que viesse esta fé, estávamos sob a custódia da lei, nela encerrados, até que a fé que haveria de vir fosse revelada. Assim, a lei foi o nosso tutor até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Agora, porém, tendo chegado a fé, já não estamos mais sob o controle do tutor. Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. 
Gálatas 3:21-28

Deus olha o coração. Ele não observa apenas o que fazemos, mas principalmente o porque o fazemos. Ele não olha as aparências de nossos atos, ele os vê realmente como são.

Desta forma seguir sistematicamente "a lei", ou seja, obedecer a todos os mandamentos e normas e doutrinas da Bíblia presentes no antigo e novo testamentos (porque as que a igreja inventou são mero aparelhamento cultural) não é exigido, mesmo porque é impossível para o ser humano cumpri-las todas (apenas o messias as cumpriu). Ser um "super crente" não vale de nada se seu coração está podre e você cumpre aqueles atos apenas para se promover ou se satisfazer consigo mesmo.

Assim, uma pessoa que não tem "cara de crente" não necessariamente é um perdido. Uma pessoa que você poderia julgar marginalizada pode muito bem ser filha de Deus sem que você saiba. O que lhe importa é buscar ao Senhor de todo coração, e se ela o faz, está salva por seu amor e pelo amor de Deus. O "seguir a lei", ou seja, as boas obras, o bom comportamento, surge espontaneamente devido a este amor. E não necessariamente estas obras e atitudes se manifestarão da forma que você espera. As aparências, afinal de contas, enganam. E os costumes culturais acabam gerando muito preconceito e desentendimento.

No Sermão do Monte em Mateus 7, Jesus ainda fala:

Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram. Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?

Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão!
Nem todo aquele que me diz: "Senhor, Senhor", entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?". Então eu lhes direi claramente: "Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!".

"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda". 

Mateus 7:14-27
A lei é importante e devemos buscar segui-la, mas não é pelo cumprimento dela que somos salvos de nossa morte espiritual. É pela fé em Jesus, é pela entrega a Ele, é pela transformação que Ele nos dá e que muda o foco de nossas ações. Isso não significa que seremos bons e perfeitos o tempo todo, mas que passaremos a perseguir essa perfeição e, nos lampejos que atingirmos desta bondade e amor de Deus, nossos frutos, entenderemos que o que nos motivou a tal foi nada mais que retribuição pelo amor que Deus nos dedicou, uma ação de graças e glorificação a Ele e apenas a Ele.

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