Pesquisar

1 de dezembro de 2011

TÉDIO


O tédio é um sentimento Humano descrito como um estado de falta de estímulo, ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc. As pessoas afetadas por tédio em caráter temporário consideram este estado muitas vezes como perdido, perda de tempo, mas geralmente, não mais do que isto. Alternativamente, alguns acham que ter tempo de sobra também causa tédio. Para as pessoas entediadas, o tempo parece passar mais lentamente do que quando elas estão entretidas. Tédio também pode ser um sintoma de depressão.Tédio é uma das piores coisas que uma pessoa pode sentir.

O tédio pode levar a atitudes impulsivas e às vezes mesmo excessivas, que não servem para nada e podem causar danos. Por exemplo, estudos mostram que acionistas da Bolsa de Valores podem vender ou comprar ações sem nenhuma razão objetiva para tal, simplesmente porque eles sentem-se entediados por não terem nada para fazer, onde o tédio é desencadeado por uma situação de saída de uma atividade rotineira de fazer contas, verificar investimentos, etc.




Após dias de correria, o tédio surge como mofo, brotando para alimentar-se da decomposição de algo que antes era desejado. Acumula-se como poeira em um ambiente fechado de ar viciado. Nada escapa a ele, que macula tudo, tudo toca, tudo impregna.

Existem pessoas que não se entediam. Na minha opinião são idiotas felizes.

Qualquer pessoa que consegue se manter entretido constantemente precisa obviamente de uma dose de auto-motivação que certamente tem sua raiz em alguma ignorância crônica. São pessoas tolas que acreditam em ditados como "Deus ajuda a quem cedo madruga" ou na história de que o ser humano é em essência , bom.

Há também aqueles que se mantêm entretidos com base em um otimismo irrecuperável, e da mesma forma são idiotas felizes porque de alguma forma fecharam os olhos para a realidade terrível de nosso mundo e escolheram ocupar suas mentes apenas com o que há de melhor.

Eu gostaria desesperadamente de ser um idiota feliz.

Mas o fato é que eu não sou, e nunca serei.

Após 3 anos de terapia cheguei a esta conclusão. Eu sou o que sou, e no máximo poderei aprender como não deixar o que sou me destruir muito rapidamente. Digo rapidamente porque no final das contas sempre somos nós mesmos quem nos destruímos.

O tédio pelo menos no meu caso não é um capricho, tão pouco é romantizado. É um mal que me aflige e me define ao mesmo tempo. É o mal-humor, o senso crítico e a acidez que fazem com que saibam quem eu sou, assim como a incapacidade de tomar decisões sérias rapidamente para que sejam bem tomadas, a má-vontade de assumir responsabilidades porque quando são assumidas me consomem muita energia e tempo no comprometimento, ou a falta de vontade de participar de qualquer tipo ou espécie de competição porque na verdade eu odeio perder, e ganhar dá muito trabalho.

O tédio é portanto uma das facetas de quem sou, parte constante da inconsistência chamada Daniel Paixão Fontes, ex-muitas-coisas, outrora cheio de sonhos e hoje cheio de pensamentos perdidos no infinito de sua insignificância.

0 comentários: