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22 de agosto de 2009

O DIA EM QUE DEI UM TIRO NA MINHA PRIMA

Meus irmãos tinham, nos anos 90, daquelas armas de brinquedo que pareciam de verdade, e que atiravam bolinhas de plástico. Eram perfeitas, tanto que a polícia proibiu a venda delas no país porque tinha gente as usando em assaltos, e a maioria das pessoas não era capaz de diferenciá-las de armas de verdade.


Na festa de formatura da faculdade do meu irmão mais velho veio a família toda para prestigiar. E eu não sei porque cargas d'água eu resolvi dar um susto na minha prima. Provavelmente uma babaquice passageira. Peguei a Beretta 92S de brinquedo do meu irmão, tirei o pente dela e vi que não havia nenhuma bolinha. Pensei que assim seria seguro usá-la para assustar minha prima.


Armei a arma e pulei dento do quarto aonde ela estava conversando com minha mãe e com minhas outras primas. Mirei e atirei. O que eu não sabia é que tinha uma bola na agulha. Meu Deus do céu, foi um desespero total!!! Minha prima levou o tiro da bola de plástico bem no peito, acima do seio. Fez uma cara de que estava morrendo, ela e todo mundo gritou, fui xingado até por minha mãe, e fiquei sem saber o que fazer, me sentindo o maior idiota da Terra.


Depois minha prima deu risada e me disse que pensou que tinha levado um tiro de verdade, e que tinha ficado desesperada por causa disso (ainda bem que ela é bem-humorada, porque hoje ela é advogada e poderia me processar). No final das contas eu implorei perdão, tomei uns 2 copos de vinho para ficar meio groge e superar aquilo tudo, e no fim tudo ficou bem, fora uma marquinha que ficou na minha prima por conta da bolinha. Sumiu uns 3 dias depois.


Mas no final, meu objetivo foi atingido: eu realmente dei um baita susto nela, e por tabela em todo mundo que estava presente.

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