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31 de março de 2008

DESORIENTADO

Eu odeio assumir isso em público, mas o fato é que até mesmo eu, um ogro-sexual de qualidade, tem seus momentos como “EMO”.


Algumas vezes me vejo em dias tristes e desconexos como este que tem sido hoje. Eu não sei o que há comigo, mas parece que eu esqueci um pedaço de mim mesmo em algum lugar por ai. É como se eu não estivesse inteiro, e isso me faz ficar desorientado.


Eu não acordei bem hoje. E agora estou tendo o que eu costumo chamar de vácuo produtivo. São momentos aonde eu não tenho vontade de fazer absolutamente nada. E pior: são momentos aonde eu não consigo fazer nada por mais que eu queira e por mais que eu procure. Sinto esta desorientação agir em mim como uma bola de ferro, que presa em mim, me limita totalmente a mera mediocridade de minhas lamúrias.


Eu queria muito saber o que é isso, porque se eu não entendo a situação, entendo que ela me machuca muito. Sei disso, porque sinto a dor de minha angústia miar como um gato molhado e faminto perambulando pela noite de um mundo frio e sem vida. Os mecanismos que me levam a este estado são muito complexos, como equações aonde a quantidade de variáveis é imensurável, e a mudança de apenas algumas poucas delas levam a uma mudança tão grande que é impossível entender qual variável foi, de fato, alterada.


Tenho medo, porque tenho sentido muita vontade de escrever ultimamente, e se você me conhece, sabe que eu só consigo escrever quando normalmente estou me sentindo muito mal e deprimido. Comecei a escrever por causa disso, aos 12 anos, e nos últimos tempos eu não estava dando a mínima para esta coisa, porque em termos gerais, me sentia bem.


Mas não agora, e não hoje. Porque eu me sinto desorientado e solitário, e o pior é que neste exato momento é exatamente isso o que eu quero: ficar só. O paradoxo que vejo em mim é o horror dos que me amam, porque eu sei que existe várias pessoas que me amam, assim como eu as amo. Mas me sinto desorientado assim mesmo. Cansado, esgotado, triste, abatido, inerte, desiludido, pequeno, mesquinho, egoísta, ordinário e fraco.


Todas as vezes que isso ocorre, eu escrevo em meu blog, e sempre chego à mesma conclusão de que é nestes momentos que eu mais preciso da misericórdia de Deus. Nada neste mundo, nem amor, nem amizade, nem trabalho, nem dinheiro, nem ciência e nem ideologias tem capacidade para ser a luz que me orientará na escuridão em que me vejo agora. Só Jesus, só Deus.

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