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1 de fevereiro de 2008

Sobre o carnaval e a falta de bom senso

Este será o primeiro carnaval que passarei em minha nova casa. Quando comprei o apartamento, não havia carnaval pela região e eu era grato por isso. Mas desde o ano passado a prefeitura teve a genial idéia de montar o desfile de carnaval a menos de 1000m de onde eu moro. Delícia...


O fato é que a Vila Indústrial em Campinas é um bairro notadamente residencial, local aonde a maioria são de famílias de classe média baixa e aposentados, notadamente gente que NÃO GOSTA de carnaval, que não gosta de barulho, que gosta de silêncio pra poder dormir, ver TV, conversar, brincar com os filhos, etc. Mas a prefeitura sistematicamente ignorou isso e permitiu uma invasão de nossas residências pelo barulho desta “festa”.


O interessante é que as pessoas que gostam do carnaval moram longe da Vila. Pessoal de bairros como DIC´s, Itajaí e Vila União, terão que tomar várias conduções para chegar e depois para ir embora. Porque não fazer o carnaval lá pras bandas deles, facilitando a locomoção deste povo e deixando as pessoas que não gostam de carnaval em paz pra variar? Além do mais, resolvem fazer essa porcaria bem em uma das avenidas mais movimentadas da cidade (faria lima, bem na boca do túnel), bloqueando o tráfego e gerando transtornos para quem quer ir ou voltar do centro para a vila, com desvios horríveis.


Eu não entendo como as coisas podem ser tão estúpidas. Carnaval é uma manifestação popular, mas nada deveria me obrigar a participar ou ser incomodado por ela. Eu gosto de ouvir Sepultura e Heavy Metal em geral, mas não é por causa disso que eu vou fazer uma festa e obrigar meus vizinhos a ouvi-los. O fato é que carnaval é gerido e movimentado por gente pobre de periferia, que no geral é o que eu e minha esposa chamamos de “pobrada”.


“Pobrada” não está ligado a situação financeira exatamente, mais sim ao nível de educação, e educação não formal (escola) e sim moral (ética). São pessoas que não pedem desculpa depois de te dar um encontrão, que furam fila, que falam gritando, que ouvem música alto, que param em vaga de idoso sem ser idoso, que fumam em lugares fechados e que fazem desfile de carnaval em um bairro residencial, que aliás, fica pertinho de um dos maiores hospitais da cidade. Gente que só pensa em si mesma.



Que Deus nos ajude, pois a cada ano que passa, só tenho visto o contingênte da pobrada crescer...

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