LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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19 de outubro de 2007

Terão os robôs uma “alma”?

Hoje é o dia da polícia na Coréia do Sul, país avançado em tecnologia de robótica. Como parte das comemorações, um robô construído no país, HUGO, foi condecorado como policial honorário em Daejeon. Mero marketing das corporações de tecnologia, pode pensar você. Ou seria um prodígio indicando uma tendência prevista não só na ficção científica?

David Levy, britânico pesquisador em inteligência artificial na Universidade de Maastrich, na Holanda, terminou recentemente seu Ph.D sobre as relações entre humanos e robôs. Com o título de “Intimate Relationships with Artificial Partners” (Relações íntimas com parceiros artificiais) ele alega que os robôs de um futuro muito próximo serão tão parecidos com humanos (fisicamente e também nas reações e respostas a estímulos diversos) que logo pessoas estarão apaixonadas por eles, a ponto de manterem relações sexuais e se casarem.

“Amor e sexo com robôs são inevitáveis” disse ele em entrevista à publicação especializada LifeScience (http://www.livescience.com/technology/071012-robot-marriage.html). “Uma das coisas que predispõe as pessoas a se apaixonarem é a similaridade de personalidade e nível de conhecimento, e tudo isso é programável” completou ele.

No ano passado o Financial Times noticiou que o governo britânico emitiu um relatório aonde afirmava que robôs podem e devem, no futuro, gozar do que hoje se consideram direitos humanos. O relatório de 270 páginas foi feito por um cientista do governo, David King, e elaborava projeções para o mundo dentro de 50 anos.

No Japão, na região de Akihabara, hoje e amanhã estarão ocorrendo os Jogos Robóticos, aonde mais de 200 robôs participarão de competições e exibições, com o intuito de aperfeiçoar a tecnologia atual. Os japoneses depositam grandes esperanças nos robôs, pois em 2050 a expectativa é que 40% da população seja formada por idosos, dos quais os robôs poderiam cuidar ou substituir como mão de obra, uma vez que o país não tem taxas de natalidade altas o bastante para a reposição e eles não pretendem abrir suas fronteiras para a entrada de imigrantes.

A Ficção Científica sempre foi expoente de vanguarda. Mostrava viagens interplanetárias e visitas à lua em épocas aonde isso era considerado impossível, heresia, sonhos tolos, pecado ou mera bobagem. Diferente de tudo o mais, a ficção científica nunca pode se prender às possibilidades atuais, e por poder extrapolar todos os conceito atuais de realidade (sejam éticos, espirituais, filosóficos, científicos e tecnológicos) tende a obter, dentre muitas coisas meramente fantasiosas, a capacidade de prever muitas coisas com décadas e até mesmo séculos de antecedência.

Dentre estes produtos da ficção científica, tem um que gosto muito e se chama “Chobits”. É uma história japonesa aonde os computadores são uma amalgama disso com robôs humanóides (simulacros quase perfeitos de humanos), chamados de “persocons”. Em formas variadas para atender a todos os gostos, muitos são acompanhantes permanentes de pessoas. O personagem principal, um pobretão que sempre sonhava com uma persocon bonita para si, acha e fica com uma misteriosa persocon, por quem ele acaba se apaixonando perdidamente, com um amor mais profundo do que se costuma ver entre dois seres humanos, por exemplo.

No mês passado ocorreu em Palo Alto, CA (EUA) um encontro chamado “The Singularity Summit: AI and the Future of Humanity” (O Ponto de Singularidade: Inteligência Artificial e o Futuro da humanidade), que reuniu diversos cientistas. Conceberam a idéia de que em um futuro próximo existam computadores autoprogramáveis e implantes cerebrais que permitiriam humanos pensar tão rapidamente quanto os microprocessadores atuais.

Eles alertaram que agora é a hora de desenvolver guias éticos para garantir que tais avanços ajudem ao contrario de fazer mal. "O nosso mundo não será mais o mesmo", disse Rodney Brooks, professor de robótica no MIT. Quanto aos computadores, "quem somos nós e quem são eles será uma questão completamente diferente", falou.

Eliezer Yudkowsky, co-fundador do Instituto de Singularidade de Inteligência Artificial, em Palo Alto, e organizador do evento, pesquisa o desenvolvimento da chamada “inteligência artificial amigável”. Seu grande medo é que inventores brilhantes criem uma inteligência artificial que se desenvolva sozinha, mas que não tenha moral e se torne má (como nos filmes da série Exterminador do Futuro ou em Matrix). Ray Kurzweil, empresário do ramo, escreveu em seu livro “A Singularidade Está Próxima” que a máquina se tornará mais inteligente que o homem em 2029.

A inteligência artificial (matéria que eu já estudei “de leve”) caminha para um aprimoramento tão grande que promete acabar com os conceitos atuais de “consciência”, com indivíduos baseados em software dotados com capacidade intelectual, de aprendizagem, de comunicação, de relacionamento e de tomada de decisão independente (por si mesmo) semelhantes à humana. Já a mecatrônica avança rapidamente na tecnologia de simulação do corpo humano, tendo já alguns exemplares de robôs que em uma primeira passada de olhos se parecem muito com humanos reais.

O questionamento que me faço é se uma criatura que terá a imagem de um ser humano, que terá as mesmas capacidades motoras e intelectuais de um humano (se não mais), que será alvo de afeto e desejo de humanos e que poderá esboçar reações no mínimo semelhantes à emoção humana não teria uma “alma”?

A alma pode ser considerado energia vital por alguns, ou a essência dentro do receptáculo que é o nosso corpo físico, nossa mente e intelecto ou nosso verdadeiro eu por outros. Um robô teria isso tudo na forma de bits, qBits (se forem baseados em computação quântica) ou impulsos elétricos, que em ultima instância é o que nós também somos, com a diferença que nossos circuitos são bioquímicos, e o dos robôs, eletrônicos.

Outra obra de ficção científica que gosto muito é “Battlestar Galactica”. Na versão atual (houve uma anterior, da década de 1970) humanos que habitam um sistema planetário de 12 planetas são caçados por robôs que eles mesmos haviam construído e com quem haviam guerreado a mais de 50 anos. Durante 5 décadas desaparecidos os robôs voltaram com força total, e muito mais avançados, com modelos baseados em uma tecnologia que misturava elementos eletrônicos e biológicos eles podiam até mesmo procriar com humanos, tinham emoções, uma sociedade complexa e (pasmem) até mesmo uma religião aonde havia apenas um deus. Os humanos da história eram politeístas.

Se robôs poderão não só simular como fazer de fato praticamente tudo que os humanos fazem, se eles poderão ter uma “alma”, o que impedirá que desenvolvam a fé, uma religião e experiências religiosas? Após destruído, um robô iria para o céu?

Sei que estes questionamentos podem parecer ridículos, mas muitas vezes, quando estou “de bobeira”, me pego pensando nestas coisas. E quando falo pensando, não é apenas imaginando. É pensando seriamente nestas questões, que algo me diz, serão muito relevantes em menos de 50 anos. Como disse, a ficção científica não se prende a conceitos e valores atuais, e desta forma, muitas vezes acerta.

18 de outubro de 2007

ISSO É CERTO?


Ontem recebi de pessoas da minha antiga igreja um e-mail convocando as pessoas a ligarem para o “Alô Senado” e deixarem recados aos senadores para que a PLC122/2006 seja totalmente rejeitada. Este projeto de lei é acusado pela igreja de institucionalizar o homossexualismo, obrigando as pessoas e as instituições religiosas a aceitarem o homossexualismo. O problema é que esta lei, se aprovada, fará isso de maneira bastante truculenta.

No e-mail, veio a seguinte descrição de reflexos diretos que o projeto de lei trará:

- A proposta pretende punir com 2 a 5 anos de reclusão aquele que ousar proibir ou impedir a prática pública de um ato obsceno (“manifestação de afetividade”) por homossexuais (art. 7 °).

- Na mesma pena incorrerá a dona-de-casa que dispensar a babá que cuida de suas crianças após descobrir que ela é lésbica (art. 4 °).

- A conduta de um sacerdote que, em uma homilia, condenar o homossexualismo poderá ser enquadrada no artigo 8 °, (“ação [...] constrangedora [...] de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”).

- A punição para o reitor de um seminário que não admitir o ingresso de um aluno homossexual está prevista para 3 a 5 anos de reclusão (art. 5 °)

Cabe aqui uma análise sob a ótica de 3 pontos de vista distintos: a dos cristãos, a dos homossexuais, e a de uma nação democrática.

Sob a ótica dos cristãos, não é cabível que o Estado interfira com suas doutrinas. Faço até uma correção: o Estado não tem o direito de interferir na doutrina de qualquer religião, por ser laico. Caso o Estado institua leis que interfiram de maneira a limitar e moldar a crença de uma religião, estará abrindo precedente para a volta de Estados religiosos, desfazendo a separação entre Estado e Igreja (já que, se o estado está interferindo na Igreja, o contrário também poderá ser feito em alguma ocasião oportuna).

Se os cristãos vêem o homossexualismo como pecado a mais de dois mil anos, o Estado Brasileiro, com nem mesmo 300 anos, não tem o direito de invadir a Bíblia e mudar o que ali está escrito. Muito menos obrigar que uma dada religião passe a aceitar qualquer prática que condena.

Os cristãos sentem-se, desta forma, oprimidos e perseguidos porque não terão mais a liberdade de expressar sua opinião, que é a sua fé, uma vez que a mesma irá de encontro a este projeto de lei. Situação e perseguição semelhante está ocorrendo com os muçulmanos na França, aonde o Estado está proibindo o uso do véu pelas meninas e mulheres “a fim de eliminar diferenças e concomitantemente o preconceito”. A saber: o véu tem uma importância grande dentro do Islã para as mulheres (no antigo testamento cristão e na torá judaica também) , e o Estado está querendo interferir diretamente em algo que não devia interferir.

Sob a ótica dos homossexuais, conheço pessoas que o são, e as considero amigas. Entendo a dor que vivem. Entendo que muitos não escolhem ser assim. Entendo que muitas nascem com esta condição devido a flutuações de hormônios em sua gestação, alterando a estrutura de seus cérebros dando-lhes literalmente uma mente feminina em corpo masculino ou vice-versa. Mas não é com uma lei bruta que eles terão a aceitação que querem. Eles apóiam este projeto de lei, mas o fazem sem entender o caminho perigoso que eles estão ajudando a criar, que é o de apontar para o fim da liberdade de expressão.

A lei é uma medida desnecessária e até certo ponto anti-democrática do jeito que se apresenta. Mesmo que os homossexuais sofram preconceito por sua sexualidade, não se justifica um ato bruto com outro ato bruto, não se justifica o “olho por olho”. Obrigar as pessoas a aceitá-los não funcionará, e só irá gerar mais ódio.

No mesmo e-mail que me enviaram, esclareciam coisas importantes, como a questão de que não se está negando direitos aos homossexuais, mas sim que eles já os tem, como qualquer outro ser humano. A lei não adiciona direitos aos homossexuais, mas retira direitos de todas as outras pessoas. Ela não acrescenta nada, apenas subtrai. É perda, e não ganho.

Creio que trechos da lei são muito bons, mas muitos outros são péssimos. Por exemplo, assim como é crime mandar alguém embora por ser negro ou por ser de uma religião X, devia ser crime mandar alguém embora simplesmente por ser homossexual.

Agora, se a pessoa por exemplo guarda os sábados em sua religião e no emprego dele ele devia trabalhar neste dia, e não há meio de mudança de horário e a pessoa é inflexível quanto esta regra de sua fé, o que fazer se não ser assinarem a rescisão de contrato? Ou se a pessoa é homossexual e fica tendo atitudes inadequadas como por exemplo assediando outras pessoas? Assédio já é crime, não importa se seja hetero ou homossexual. Entendeu o ponto? A vida não é apenas sexo e sexualidade. Uma pessoa não pode ser medida apenas por isso. Suas atitudes muitas vezes não tem nada a ver com sua sexualidade mas sim com seu caráter. E caráter não tem sexo, nem idade, nem religião e nem etnia.

Por fim, temos a visão do Estado democrático. Um Estado dito democrático deveria assegurar direitos e deveres aos seus cidadãos de maneira harmônica. Não se pode, por exemplo, instituir uma lei que beneficie uma parcela da população ao mesmo tempo em que prejudica outra. A regra de ouro de uma sociedade democrática sempre deve ser “a minha liberdade começa aonde termina a sua”. Minha fé pode ser exercida, inclusive discordando de modos de vida, orientação política ou religiosa de outras pessoas. Desde que eu não a constranja, discrimine ou force a se comportar ou fazer algo que não deseje de livre vontade. Da mesma maneira, o homossexual pode levar a vida dele, desde que ele não me constranja ou me forçe a coisas que eu não queira, como por exemplo, mudar minha opinião com uma mordaça totalitarista.

Veja bem, não é um simples “cada um para o seu lado”. É uma questão de respeito mútuo, aonde cada um convive, entende e respeita os limites do outro. Isso, para mim, faz parte do amor que Cristo prega, e não tem nada a ver com aceitar o pecado.

Já este projeto de lei, para mim, instiga o ódio e a perseguição. Se aprovada a lei, o ódio e a perseguição vão continuar, só que o lado vai mudar. Seja você hetero ou homossexual, diga a verdade: existe alguma ponta de justiça nisso?

16 de outubro de 2007

FILHOTE DE ANDORINHA


Ontem a Cris resgatou um filhote de andorinha no pátio do prédio. No telhado do prédio tem vários ninhos e alguns filhotes tem saltado para voar. Ele não conseguia se levantar do chão, então ela o levou para casa. Quando o vi, fiquei preocupado. Estava bem de saúde, mas a Cris me disse que ele não comia nada do que ela dava. Frutas amassadas, pão... descobrimos que deviamos dar papa de ovo para ele, mas não tinhamos nenhum em casa. Fomos dormir deixando-o em uma caixa de papelão ventilada, com água e a fruta amassada. Iamos deixá-lo na caixa, no pátio doprédio, na manhã seguinte. Mas fui acordado pela Cris dizendo que ele havia morrido. Fiquei triste e ainda estou. tenho a impressão de que a melhor coisa a ser feita seria tê-lo deixado lá, e sua mãe poderia pelo menos tê-lo alimentado direito. Na ância de ajudar, tenho a impressão de que muitas vezes acabamos por piorar tudo. Não só neste caso.