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3 de abril de 2007

OSSOS DO OFÍCIO

A dois domingos atrás comprei maltodextrina sob orientação de um amigo. Como eu estava passando mal na academia por conta de baixos índices de glicose (minha dieta ta puxada), ela me ajudaria a manter as taxas em níveis administráveis durante meu esforço por lá. Mas acho que ela veio amaldiçoada.

O fato é que desde que a comprei, não consegui mais ir na academia. Caí em um fluxo horrível de horas-extras por conta de um projeto que atrasou terrivelmente, e o pior: não por culpa minha. Comento com as pessoas que eu sou um banana pra muita coisa, mas injustiça é algo para o qual não fui forjado a suportar: dão a entender que acham que parte da culpa deste atraso é minha, sendo que fui jogado sem para-quedas neste projeto a pouco tempo. É mole?

Nem preciso dizer que minhas mãos tremem de ódio e um sentimento de destruir qualquer coisa por perto afloram tão fácil quanto um sorriso de nervoso. Eu não nasci para passar por este tipo de babaquice, e um pensamento que não tinha a muito tempo voltou à pauta da minha mente: que tal mudar de profissão? Porque de emprego não iria adiantar: a área de sistemas é igual em qualquer canto deste país. Ossos do ofício.

Particularmente eu queria mudar de país ou se possível de planeta. Mas muita gente também queria ser o super-homem, então deixa pra lá...

Nessa onda eu tenho feito uma jornada normal de 8 horas, mais uma estendida de 4 horas e uma terceira de 3 horas em casa, em um trabalho freelancer. São 15 horas de por dia ralando a bunda em uma cadeira, sem nenhum exercício físico mais complexo que me levantar para ir ao banheiro (já é alguma coisa).

Sinceramente: meu cérebro não consome tanta energia assim, mas meu corpo fica mais esbodegado do que se eu tivesse ido à academia todos os dias.

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