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31 de janeiro de 2006

LÁPIS QUEBRADO


E lá vamos nós de novo...

Me sinto como um lápis quebrado, que devia escrever mas não escreve. Minha vida é maravilhosa mas não consigo deixar de me atirar nos braços da tristeza por motivos que muitos consideram banais. Meus pais acham que eu reclamo demais da vida, assim como muitas outras pessoas acham o mesmo de mim.

Mas como eu falava com um amigo por e-mail, acho que sou daquele tipo de pessoa sensível demais, e sensível no mal sentido: o de se incomodar mais do que a maioria se incomodaria por coisas tão sem importância. Bem... algumas são sem importância, e outras eu acho extremamente importantes.

Das sem importância cito como exemplo a chuva. Eu não tenho carro, moto ou qualquer outro veículo, o que significa que ando a pé. Muito, aliás. Uma chuva em Campinas sempre me molha da cintura pra baixo (por que chove de lado), mesmo com meu novo guarda-chuvas super-hiper-mega grande estilo guarda-sol. Um dia de chuva é capaz de estragar meu humor facilmente, apesar de adorar a chuva (prefiro vê-la estando abrigado e sequinho em minha casa).

Outras coisas sem importância que me deixam deprimidos: meu celular que a assistência técnica está demorando mais de 1 mês pra dar resolver o problema (Sony Ericsson tem uma assistência horrível), eu não ter grana pra comprar um tênis novo, falarem merda do meu filme trash, não darem bola para mim no meu serviço, eu não conseguir emagrecer (e ter engordado de volta os 10kg que eu havia perdido) e por ai vai.

Bobagens, você pode imaginar. Até concordo que de fato o são. Mas outras coisas mais sérias me tem deixado deprimido.

Não conseguir voltar e ficar no meu primeiro amor por Cristo (ou seja, minha comunhão diária com Deus). Não ter dinheiro para continuar com Internet de banda larga (vou ter que cortar) e com as aulas de Deep Running (que eu estava fazendo a mando do médico, mas estão caras demais). Estar passando um aperto grande de grana e não ver se vai adiantar, ou seja, se vou ter grana o suficiente pra comprar os móveis pro apartamento que estou comprando e aonde pretendo morar quando casar. E mais: fazer um monte de sacrifícios e ter a sensação de que ninguém vê ou se importa, e que eu estou fazendo isso a toa.

Eu estou me sentindo muito mal por um lado, mas por outro estou muito bem. Como disse um pastor no Jubão que teve semana passada, Deus nos ama independente de nossa performance, por assim dizer. Isso foi um alívio muito grande para mim, por que eu venho me sentindo o pior dos seres humanos nos últimos 2 anos. Acredito e confesso à Cristo, e nEle deposito minhas esperanças, por que se depender de minhas forças e atitudes, eu vou é pro inferno.

Se por um lado estou fazendo um monte de cortes no meu orçamento e passando apertos, por outro lado Deus tem sido fiel em me sustentar financeiramente inclusive, e me proporcionar a compra do meu apartamento. Se por um lado estou com minha comunhão com Deus abalada por eu ser tão miseravelmente falho, por outro eu vejo o seu amor e o que ele tem feito para me levar de volta ao seus caminhos perfeitos, seja por pessoas, seja por eventos, seja pelo seu Santo Espírito em mim me incitando a isso.

Eu faço muita coisa errada. Eu sou derrotista, me deprimo fácil... mas não consigo mudar. Sei que tenho uma vida ótima e agradeço à Deus por tudo o que sou e tenho, por que sei que tudo é devido à Ele. Mas não consigo deixar de me sentir triste, só e miserável muitas vezes... como agora.

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