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10 de junho de 2005

TURBILHÃO AMENO


Nos últimos tempos Deus tem me aberto os olhos para algumas coisas bastante evidentes, mas que eu não enxergava. A mais notável de todas: o ser humano existe para se relacionar, com Deus, com Jesus e com os demais seres humanos. No final das contas, não existem outros objetivos, ao menos não tão primários e importantes quanto este.

Sei que isso provêm de Deus, por que além de ser algo completamente defendido nas sagradas escrituras como mote máximo do cristão, tenho tido minha atenção chamada para o assunto mediante diferentes canais. Na igreja, de amigos, de pessoas que conheci e conheço. Nada é mais importante neste mundo do que se relacionar com Jesus e com as pessoas à nossa volta.

Esta semana morreu, de forma fulminante, uma antiga vizinha. Minha mãe tinha mais contato com ela, mas não eu. Na verdade, me sinto culpado e triste agora, por que eu não conseguia gostar dela. Ela fumava descontroladamente a décadas, mal tinha dinheiro para se sustentar e ficava pegando todos os cachorros da rua para cuidar (e acabava sendo uma barulheira na casa dela, além de ela ficar pedindo dinheiro para todos para comprar comida pros bichos), a filha dela, mesmo sendo crente agora, ainda possui certos tipos de comportamento e paradigmas de atitude social das quais não gosto nem um pouco. Poderia listar inúmeros motivos, mas nenhum deles é aceitável para o fato de eu nunca ter sequer esboçado interesse nesta pessoa, morando ela ao lado de minha casa desde que eu nasci.

Ela morreu e eu não sei se ela foi alcançada por Jesus ou não. Se foi, com certeza não teve nenhuma atitude minha que a ajudou nisso. Me envergonho disso tudo... mas mais do que isso, me envergonho diante da minha insensibilidade. Sempre fui da opinião de que, se eu não me envolver com a pessoa, não vou me magoar quando ela morrer, ou for embora, ou me magoar. Mas não é isso que Deus espera de mim, e estou triste comigo mesmo por esta insensibilidade da minha parte. Tenho certeza de que serei cobrado por isso no meu dia. Não haverá desculpas a serem pedidas. Não é a toa que a palavra de Deus diz que não há lugar no exército do Senhor para os tímidos. Hoje, mais do que nunca, sei o que isso significa.

Não vou ficar me martirizando, achando que eu não presto e nunca prestarei. Eu entendo como Deus age em minha vida para me levar cada vez mais a ser como Jesus. Sei que é um processo e que cada evento e experiência tem como objetivo me tocar e me transformar de alguma forma. Trabalhando com o Espírito Santo, deixando ele atuar em minha vida, eu sei que serei transformado nesta questão de insensibilidade e em todas as outras. Quero que Deus toque em todos os recantos da minha vida, esteja eu ciente de que tenho problemas naquela área ou não. Quero que Deus me tome por inteiro e não em parte.

Me conserta, Deus. Me conserta por que já vim com defeito de fábrica, um defeito chamado pecado original...

Quanto à prova, não sei como fui, mas estou esperançoso de que eu tenha tirado a nota necessária sim. Já quanto à minha dor no pé, fui a um fisiatra muito bom perto da minha casa e ele me pediu exames complementares, mas já fez um pequeno tratamento de acupuntura no local que aliviou um pouquinho a dor. Fiquei com as agulhas enfiadas na panturrilha até hoje de manhã... é incrível o que se é possível fazer com agulhas tão finas...

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