LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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27 de julho de 2004

REBORN

Pai, as coisas estão complicadas e me sinto como uma verdadeira piada de mal gosto perante você. Problemas comigo e com pessoas que me cercam parecem não acabar nunca, e quando um destes problemas parece que vai acabar, logo aparece outro, pior e mais pesado que o anterior, como se um maldito rolo compressor me abatesse e me esmagasse contra o chão, sem me dar outra opção a não ser chorar e pensar em desistir...

Não tenho orado, não tenho lido, não tenho caminhado sob tua luz e sob as suas vontades. Não tenho te dado orgulho, e meus anseios agora são temores, e meus temores são predadores prontos para me abater e destroçar minha juntas e ligamentos, me sangrando como a um porco no dia do abatimento.

Não tenho orgulho do que estou passando agora, mas tenho medo do que vai acontecer. O lado escuro do ser humano é podre e nojento, me fazendo imaginar o porque das coisas e os motivos de tamanho sofrimento, e me criando dúvidas assassinas que embriagam o meu próprio entendimento. Tenho perguntas sobre isso e aquilo. Contesto as leis, contesto as evidências e me pergunto coisas secretas que só eu e você sabemos. Como posso ser assim tão humilhante para um pai de amor como você? Que caminho é esse em que a planta de meus pés estão agora?

Estou perdido em meio ao caos da minha vida. Já cansei de tentar entender as razões e os motivos que me levam a fazer o que faço. Já me enfastiei das tentativas idiotas de tentar me corrigir. Já me enjoei de tentar mudar minha mente imunda e de tentar amaciar meu coração endurecido. Já chega de mentiras, não quero mais ter que me preocupar. Tão pouco quero ter que agir. Desde menino eu descobri que não sou apto para ser eu mesmo. E a tempos compreendi que preciso de você para me nortear, Deus. Vem me salvar Jesus, pois ninguém mais o pode.

Mas aonde foi parar o meu primeiro amor? Aonde foi parar minha confiança em ti? Aonde foi parar a minha fé e minha certeza? Por que os pilares da minha alma se abalam? Não sei, afinal, que Tu és Deus e que Jesus de fato sangrou em meu lugar? Que eu merecia uma morte muito mais horrível do que a que a de Cristo justamente devido às minhas intransigências?

Por que me fizeste tão complicado meu Pai, se ainda posso chamá-lo assim... por que sou tão fraco e tão volúvel diante das águas avassaladoras desta mundo? Não estava com meus pés fincados na rocha de Jesus? Não estava decidido por você? Não creio então? Não sou salvo da morte eterna? Não sou teu servo? Não sou herdeiro da coroa da vida?

Pai... seja lá o que esteja acontecendo, e seja lá o que se passa por meu coração (pois nem mesmo eu sei ao certo o que se passa aqui agora), quero te revelar meu medo e minhas tristezas. Estou abalado demais, mas não consigo deixar de pensar no quanto devo estar te envergonhando e te entristecendo com minhas condutas, minhas faltas e com meus modos.

Eu quero voltar a ser, eternamente, um servo de verdade, um adorador de verdade, um crente em Jesus, de fato e integralmente. Quero renascer conforme a tua vontade. Quero te dar motivos para se alegrar de mim. Quero te entregar a minha vida e as minhas vontades. E quero te pedir que eu nunca mais me abalar desta forma, em nome de Jesus.

Pois pessoas precisam que eu esteja bem agora para ajudá-las em momentos também difíceis. Faça com que o Espírito Santo que habita em mim me transforme se manifeste guiando meus atos de acordo com o teu querer, e que verdadeiramente, em todos os sentidos, seja o Senhor a agir e não mais eu. Pois ser eu mesmo é complicado demais, e como eu já disse, não sou competente o suficiente para ser Daniel Paixão Fontes, ao menos não da forma que eu devo ser.

20 de julho de 2004

RECOMEÇAR

Pai, tá difícil manter o caminho
Tenho andado em meio a espinhos
Nem sempre é tão fácil acertar

Pai, emoções descalçam os meus pés
Me roubando em meio a cordéis
Que me enlaçam em minhas fraquezas

Pai, eu nem sei o que te falar
Mas, quero recomeçar
Me ajuda nesse instante

Preciso da tua mão, vem me levantar
Faz-me teu servo Senhor, me livra do mal
Quero sentir o teu sangue curar-me
Agora meu Senhor, vem restaurar-me


Recomeçar - Aline Barros

18 de julho de 2004

MATA-ME

Mata-me por ter pecado
Contra tudo em que acreditava
Mata-me por ter amado
E por não ter sido bom
E por ter errado tanto
Agora é tarde para voltar
E alguém me perdoar
Mata-me agora
Tira-me esta vida injusta e dolorida
Acaba logo com minha triste agonia
Mata-me



"Mata-me" - Tirado do ensaio "LAMENTOS"
Daniel Paixão Fontes em 26/12/9

15 de julho de 2004

ANIMEFRIENDS 2004

Estou melhor desde que escrevi a ultima vez, mas não 100%. Mas eu queria falar sobre o Animefriends. Eis aqui algumas fotos que tiramos lá:










Esta garota fazendo a Azuka de EVANGELION estava bacana...

... mas esta armadura de Cavaleiro de Cisne (Cavaleiros do Zodiaco) ficou 10!
Nunca tinha visto uma tão bem feita!


Esta ai estava de Serena, do Sailor Moon

Até o Legolas do Senhor dos Anéis passou por lá!
O cosplay ficou muito bem feito, no caso esta é uma mulher!


Isso ai foi na hora de ir embora (eu e o Diogo, de branco).
A barriga podia ter cortado, né Cris!?

Estava muito legal a convenção. O fato de estar com pouca grana me permitiu comprar apenas os livros da biografia do Osamu Tezuka e o ultimo número do One Piece. Os livros do Tezuka eu já li, e fiquei emocionado a cada página. Ele teve uma vida bastante dura, mas foi uma pessoa fantástica e literalmente genial, que realizou coisas que eu admiro bastante no âmbito profissional do mangá e animê, e no pessoal também. Se eu conseguir um dia fazer 10% do que ele fez, eu me realizarei profissionalmente. Não foi a toa que ele ganhou o título de "Manga no Kamisama" (Deus dos mangás). Ele foi fenomenal! E duvido muito que alguém um dia chegue aos pés dele no que diz respeito à produção de mangás e animês, tanto em qualidade quanto em quantidade.

Voltando ao Animefriends, a viagem ocorreu tranqüilamente graças à Deus. A Van que alugamos era muito boa, assim como o motorista, e com o guia das ruas de São Paulo que eu consegui emprestado, achar o lugar foi relativamente fácil.

Enfrentamos uma fila gigantesca para entrar (ano que vem, com certeza vamos comprar os ingressos antecipadamente) e nos deparamos com um lugar menor do que no ano passado, com bem mais pessoas e muito mais estandes. O lugar estava quase que insuportavelmente cheio e quente (era todo fechado e não tinha uma boa ventilação) e andar pelos corredores era uma experiência não muito agradável. Mesmo assim, o evento estava bem organizado e não ocorreu nenhum incidente grave (só um dos garotos que foi conosco na excursão é que passou mal e foi para a enfermaria, mas creio que devido à temperatura do lugar, que como disse, estava alta).

Havia muita novidade e coisa legal lá, mas sinceramente, preferi o Anime Friends do ano passado (2003) devido ao lugar ser aberto e ser maior. Mas isso não abalou o brilho do evento deste ano, e ano que vem estarei lá se Deus assim permitir.

Consegui encontrar o Ricardo do Fanzine Tupiniquim por lá, como havíamos combinado por e-mail, e saímos para conversar um pouco no Espaço das Américas, logo ao lado (já que no local do Animefriends nem lugar para sentar havia direiro). Pudemos conversar sobre muitos planos para o fanzine nos próximos meses, acabando assim com o marasmo pelo qual o fanzine vem passando a mais de um ano. Pudemos ver também uma amostra de um projeto que estamos desenvolvendo misturando desenhos 3D com desenhos convencionais, e o resultado ficou muito melhor do que eu esperava, chegando a me dar arrepios de tão bom que ficou.

Conversamos sobre projetos inovadores e as coisas, se rolarem mesmo, vão nos fazer voltar à ativa em grande estilo. Encontramos o Mauricio (outro integrante do fanzine) e fomos todos juntos comer uma pizza (eu, Diogo, Ricardo e Mauricio) em um shopping próximo dali. A Karin, a quinta integrante, estaria lá com outro fanzine do qual também faz parte, mas não a encontramos.

Comendo pizza e tomando um choop, conversamos animadamente sobre nossos planos, o Maurício me mostrou o capitulo 2 da história que estamos fazendo juntos (eu escrevo e ele desenha) e o resultando também surpreendeu demais! Resumindo, só tive boas surpresas quanto ao fanzine.

Depois disso, vendo que meu irmão Alexandre e sua esposa, a Karina, estavam muito cansados (a Karina é japonesa mas não curte desenhos), consegui acelerar o nosso retorno. O desejo era o de ficar até as 21:00hs e ver o show que ocorreria mais tarde até o seu final (vieram 4 músicos do Japão, cantores de músicas e desenhos e séries japonesas de sucesso). Mas ninguém, nem mesmo eu, aguentava mais ficar naquele lugar apertado, quente e barulhento. Fomos embora antes das sete da noite, e chegamos sem problemas em Campinas.

As melhores coisas do evento?! Encontrar o Ricardo (que eu não via a um ano) e o Maurício, comprar os livros que eu tanto queria ler e ver os cosplayers (pessoas que se fantasiam de personagens) que neste ano capricharam ainda mais.

Em setembro tem o FANMIXCON (11 e 12 de setembro) aqui em Campinas, e já conto os dias para esta data chegar. Fui ano passado e gostei, espero que este ano seja melhor ainda, mesmo por que o local vai ser o mesmo do ano passado (colégio Liceu, ele é enorme!) e isso é bom!

12 de julho de 2004

GOING DOWN

Questões são ardis de decepção. Sinto-me envenenado por situações tenebrosas e ameaças terríveis. Sinto que meus sonhos estão abalados e podem evaporar por falta de algo que não sei bem o que é. Se cada pessoa é diferente, por que algumas personalidades são fadadas ao sofrimento? Se eu tenho o direito de ser eu mesmo, por que sofro quando sou genuíno e tudo vai bem quando sou falso?

Tenho pensado até mesmo em coisas que muitas pessoas não pensam. Começo a questionar a própria definição de liberdade, e começo a achar que ela, de fato, não existe aqui neste mundo. Trata-se de um conceito inatingível para o ser humano. A liberdade é utópica. Somente Deus consegue defini-la completamente. É algo que está acima do ser humano, e acho que nenhuma pessoa no mundo será 100% livre enquanto estiver viva neste planeta. Somos escravos da vida em que nos metemos, e isso me atormenta demais.

Sinto-me como Paulo, mas às avessas. O que quero fazer não faço e o que não quero fazer, isso eu faço. É tão difícil de entender que nem mesmo eu sei o que está acontecendo. Só que sinto, a cada dia, que tudo pelo que lutei e o pouco que conquistei estão escoando por entre meus dedos como areia de praia. Nos últimos dias, parece que o que de mais precioso tenho está prestes a se perder.

Ainda sou um garoto, sabe? Finjo ser homem a maior parte do tempo, mas não passo de um garoto, triste por não ter seguido seus sonhos. Triste por levar uma vida que não condiz com seus planos outrora traçados (aliás, seus planos nunca traçados), uma vida cheia de complicações e situações de adultos. Triste por ter que levar sob suas costas responsabilidades que não gostaria de levar.

Todo homem é assim? Sinto-me um irresponsável e imaturo as vezes por pensar de tal forma, mas penso. Queria ser livre disso tudo, da vida que levo, dos sentimentos negativos que venho sentindo. Queria ser livre de mim mesmo.

Não queria ser analista, tão pouco programador. Não queria ter contas para pagar nem preocupações semelhantes. Não queria ter que acordar cedo, nem dormir tarde, nem ter que estudar uma coisa que não gosto, nem ter que conviver com pessoas das quais não aprecio a companhia. Queria que minha vida fosse um animê, daqueles em que o herói faz coisas tremendas e tem um final feliz. Mas minha vida parece, na verdade, um livro sério e tenebroso. Sinto-me como Heathcliff em ¿O Morro dos Ventos Uivantes¿. Será que é por isso que gostei tanto do livro quando o li, ainda na sétima série? Sou um homem solitário, dando socos no escuro e lutando contra o nada?

Lembro-me de momentos mágicos como meu primeiro beijo. Lembro-me de pessoas maravilhosas como minha noiva, e lembro-me de momentos de extrema felicidade como quando entendi que Deus me amava. Mas lembro-me também de momentos terríveis e situações extremamente desconfortantes pelas quais passei e venho passando. Meu pequeno copo diário de veneno...

Lembro-me do ódio que se agita nas entranhas do meu coração, ódio este que nunca dominei completamente, creio eu. Tais coisas ruins parecem engolir as boas, e isso tem provocado sofrimento à algumas pessoas à minha volta, que acreditam que a culpa é delas, e não é. Todo o turbilhão parece estar em mim, como uma fenda no leito do oceano de meu ser que draga tudo em redemoinhos irresistíveis.

Tenho feridas antigas que ainda sangram e outras pessoas sofrem por minhas dores. Como vi no OVA de Rurouni Kenshin, uma ferida feita com amargura nunca cicatriza por completo até que a pessoa seja perdoada... será este o caso? E se sim, perdão de quem? Meu ou daqueles que me feriram?

Nunca achei que passaria por isso. Nunca achei que seria responsável por outra pessoa neste nível, o de estar bem para que a outra pessoa estivesse bem também. Isso é egoísmo da minha parte? Ou estou sendo apenas humano?

Fico mais triste ainda quando me lembro que algumas pessoas vieram a mim em momentos de dificuldade e eu as ajudei da forma que podia. Agora que eu mesmo vivo um momento de dificuldade, a quem irei recorrer? Somente eu e Deus uma vez mais. Mas por que a dor agora parece ser maior? Por que outras pessoas sofrem pelo meu sofrimento, e isso me preocupa pois parece que entramos em um ciclo eterno de alimentação negativa um para com o outro. Algo tem que quebrar este ciclo.

Mas o amanhã virá. O amanhã trará novos ares e novas esperanças. O amanhã restaurará tudo o que foi trincado, quebrado e perdido. Por que o amanhã à Deus pertence. E aquilo que não pode ser restaurado ou recuperado, o amanhã enterrará, pois este é o ciclo imutável da vida na Terra.

Seria demais eu pedir à Deus que me perdoe? Seria demais eu pedir a Ele que concerte tudo o que eu estraguei e está errado em minha vida? Seria errado eu pedir a Ele que acabe com o sofrimento? Seria errado eu pedir a Ele que molde minha personalidade deformada para uma que não seja auto-destrutiva como a minha? Seria errado eu implorar à Deus que tudo, pelo Seu poder, fosse transformado, o mundo fosse um bom lugar para se viver, a vida não fosse uma loucura e eu fosse uma pessoa decente ao menos para a mulher que eu amo, e que eu pudesse realizar-me completamente nas coisas que faço? Seria errado eu parar de me debater e deixar a vida continuar a me levar em suas águas e corredeiras?

Quero finalizar dizendo que não importa o que eu diga, faça ou pense. Sei que Deus, independente do que eu pensar, está ao meu lado e sofre por mim também devido a tudo de errado que eu venho fazendo e à esta situação toda pela qual vivo agora. Mas se eu fico mais comovido com o sofrimento de minha noiva perante meu estado do que com o sofrimento de Deus, eu tenho que repensar muito se eu de fato sou crente ou não, e ainda mais: se eu sou de fato um homem ou uma criança.

Já ouvi muitas pregações dizerem que não há lugar para frouxos nas fileiras do exército de Deus. Fico pensando então que talvez não exista lugar lá para mim, mas me lembro que não posso abandonar a esperança no Senhor, pois a força necessária não está em mim, mas sim nele. Se perder esta esperança, o que me sobrará então?

Desculpe o desabafo, mas botar para fora tanta coisa funciona como uma terapia para mim. Desde a infância escrever foi uma de minhas válvulas de escape. Atualmente,m acho que é a única. amanhã já devo estar melhor, mas hoje, nem mesmo trabalhar estou conseguindo. Isso faz parte da minha humanidade. Não consigo ser frio o suficiente para separar tão bem as coisas. Elas se misturam por que eu não sou vários, mas sim um só. E o que acontece com um de meus personagens acontece comigo mesmo. Todos desempenhamos papeis diferentes todos os dias. Só que hoje, em especial, não consigo interpretar ninguém. Hoje eu só consigo ser eu mesmo... e eu mesmo estou muito cansado, preocupado e triste para fazer qualquer outra coisa além do que estou fazendo agora...

6 de julho de 2004

MORTE, CONTOS E CACHORROS

É triste e estranho quando alguém que você conhece morre. Fui ao enterro da sogra do meu irmão no domingo passado, e até ajudei a carregar o caixão. Mas é muito estranho você conhecer alguém, ver esta pessoa falar, comer, sorrir, viver e, de repente, ver seu corpo sem vida em um caixão, vitima do cancêr. Não é algo que parece real, e não é pelo fato de haver algum choque emocional. É pelo fato de que a morte, para mim, não é algo real, ao menos não é algo natural.

Sei do sofrimento da namorada do meu irmão e do pai dela, e inclusive de meu irmão, mas tudo me pareceu quase um filme em alguns momentos. Fico constrangido as vezes por aparentar uma insensibilidade tão grande, mas não consigo imaginar que este seja o fim e portanto não consigo ficar triste a um nível muito profundo.

Olhando para o corpo sob o caixão, fiquei pensando se ela estava realmente morta. Se ela acreditava em Jesus Cristo e o amava a ponto de ter se entregado a ele, tenho certeza absoluta de que ela continua viva em um lugar muito melhor, e que um dia vamos nos rever. O corpo era apenas uma casca. Seu verdadeiro eu continua vivo.

Esta é a segunda pessoa que eu conheço que morre neste ano. A primeira foi a Simone, da igreja, mas eu não pude ir no enterro dela. Espero que demore bastante até que outro conhecido parta para o lado de lá. Já disse que não fico triste profundamente, mas fico triste ainda sim.

Fora isso, temos uma nova moradora em minha casa. Foi achada abandonada na rua, chorando muito e com muita fome. É uma cachorrinha linda, Fox Paulistinha, branca com manchas das cores preta e marrom, de 2 meses de idade, à qual minha noiva sugeriu um nome e minha mão acatou: Lua. Eu bem que tentei sugerir HIME, mas não gostaram. Fazer o que.

Ela é uma cachorrinha espoleta, que tem dentinhos afiados e adora morder tudo o que vê. Meus pais a levaram ao veterinário ontem para ver seu estado e dar as vacinas necessárias. Ela está magra, mas vai ficar bem se comer adequadamente.

Os outros cachorros (a Duna, que é da mesma raça, e o Jack, que é um poodle safado que temos lá em casa) estão morrendo de ciúmes, mas fazer o que? Daqui a algum tempo eles se acostumam...

Para finalizar: saiu o resultado do concurso de contos da Universidade Federal de São João Del Rei, na qual eu havia me inscrito com 2 contos. Nenhum deles ficou entre os 20 primeiros, que farão parte do livro sobre o concurso. Havia me inscrito com um conto chamado "Necessidade Maldita" e com outro chamado "Sonhos Elétricos de uma Mente Quântica", que na minha opinião foi um dos contos mais trabalhados e bons que eu já fiz na minha vida.

Sei que estavam bem escritos e todos para quem eu os mostrei gostaram bastante, mas pelo visto ficção científica continua não sendo bem vista pelos escritores, pela critica e pelos leitores brasileiros, e eu acho sim que este foi o motivo de nenhum deles ter ficado dentre os 20 primeiros. Não desmereço os ganhadores e os outros participantes, mas o fato é que eu pagaria pau para esta história mesmo que não tivesse sido escrita por mim. Acho que vou ter, de fato, que aprender inglês e começar a escrever para um público mais pop no exterior. Mas isso já são outros 500...