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25 de novembro de 2003

PESSIMISMO?

Este final de semana fomos à casa de uma missionária americana (a Lisa) para nossa reunião de estudo bíblico, em verdade a primeira dos jovens na Nova Canaã. Foi muito gostoso! Oramos, lemos a palavra de Deus, conversamos e nos divertimos bastante! Pudemos nos aproximar mais de Deus, com toda a certeza. E pudemos comer uma coisa que eu ao menos nunca havia comido antes: tacos! Como é bom esse trem, sô!

O tema da noite foi a dificuldade que encontramos em sermos crentes nos dias atuais. Realmente é muito difícil. Levantamos uma série de evidências disto. E vimos que o apóstolo Paulo havia dito, em sua segunda carta à Timóteo, como seria difícil ser crente nos dias finais. Começamos a traçar um paralelo assustador de que existem muitas evidências de que era dos nossos dias que Paulo falava. E de que era dos crentes que ele estava falando, não dos gentios.

Crentes que curtem sair pra balada e acham isso normal (um dia falo minha opinião a respeito, sou contra baladas, mas explico um dia), crentes que não tem piedade uns dos outros, crentes que fazem coisas que estão descritas na Bíblia como erradas, e por ai vai.

A conversa descambou para evidências proféticas de que estamos muito próximos do retorno de Jesus Cristo e, com isso, do final dos tempos. Vimos mais uma série de coisas que ocorrem em nossos dias que estavam descritas na palavra de Deus como sendo coisas que ocorreriam no limiar do retorno de nosso Rei Jesus.

O fato é que conversamos sobre como as pessoas se comportam nos dias atuais, tão egocêntricas, não querendo saber das coisas de Deus, retornando às fábulas antigas com o misticismo e o ocultismo, na onda "new age", na onda da nova era, onde tudo é valido, onde todos podem tudo, onde o que importa é a satisfação pessoal.

Li certa vez que o pensamento moderno instaurado no século XX massacrou toda e qualquer crença no sobrenatural. Ninguém acreditava mais em nada que não pudesse ser provado por métodos de inferência cientifica. Com isso todas as lendas e mitos foram definhando. O próprio Deus foi colocado em questão, fazendo de Jesus apenas um homem sábio para a sua época, nada mais. Era o final das crenças e o início da era do conhecimento científico.

Mas o povo de Deus permaneceu fiel, não se desviando dos propósitos que Jeová tinha. Com isso, o cristianismo não retrocedeu e suportou anos e anos de acusações, de solicitações de provas científicas da existência de Jesus e de Deus. A Bíblia foi colocada a prova de uma forma tão intensa neste século que, se não fosse de fato a palavra de Deus para nós, seus filhos, já teria sido desmascarada a muito tempo.

O séc. XX foi marcado por avanços impressionantes em quase que todas as áreas humanas. Mas a maravilhosa ciência não conseguia responder aos anseios mais primais do ser humano, não conseguia tapar aquele buraco que todo homem tem em sua alma. Nenhuma teoria da evolução das espécies pode fazer isso, ou sequer explicar de forma adequada a origem do ser humano. Com isso, veio o pensamento pós-moderno que vivemos hoje. Vimos o renascimento de crenças antigas, das fábulas. Vimos as pessoas se atirarem a toda sorte de crendices para tentar encontrar uma razão para suas existências. E mais ainda: para justificar seus comportamentos inadequados, contrários ao comportamento que Deus espera de nós. Para justificar suas vontades e a realização de seus próprios desejos.

No geral as pessoas preferiram outras crenças falsas, outras justificativas para a sua existência e para os seus atos. Pois seguir a Deus consiste em sacrifícios que muitos não estão dispostos a seguir, mas sacrifícios infinitamente menores do que aquele que Jesus fez por nós, e sacrifícios que nos conduzem até Deus e até a vida eterna. Mas assim mesmo tais pessoas preferem caminhos mais fáceis, caminhos mais interessantes aos seus olhos, que não lhes dêem sentimento de culpa pelo que fazem, que lhes dêem liberdade, mesmo que falsa. Estes caminhos os levam para a perdição eterna e para o eterno afastamento de Deus.

Muitos tiveram a oportunidade de conhecer Jesus e Deus. Muitos tiveram contato. Mas preferiram não seguí-lo por uma série de razões, preferiram manter seus corações direcionados à coisas erradas e falsas ou preferiram mantê-los endurecidos para qualquer coisa vinda de Deus ou de Jesus, cujos nomes lhes chegam a causar incômodo. Exatamente como Paulo disse à Timóteo, a mais de 1900 anos atrás: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas." (II Timóteo 4:3-4).

Falamos, nesta noite ainda, também da marca da besta e da possibilidade de que tal marca seja um chip inventado a algum tempo, que está sendo implantado no sistema monetário internacional como um possível substituto de cartões de crédito, identificação bancária e identificação pessoal (e que só pode ser implantado na testa das pessoas ou nas costas da mão direita). Obviamente, como o Nelsinho (que nos deu a palavra nesta noite) nos disse, para muitas pessoas pareceremos alienígenas ao falarmos de coisas como esta, de levantarmos tais hipóteses. A questão é que tal tecnologia pode ser usada para fazer aquilo que a palavra de Deus diz que a marca da besta fará.

No mais, percebemos que o mundo está caminhando para o fim. Que a moral da sociedade está acabada, que a contaminação pelo pecado é tremenda e que a dificuldade de sermos crentes e de nos mantermos fiéis à Deus é enorme, o que nos faz até, em certos momentos, orarmos para que Jesus volte logo, antes que nós mesmos não suportemos mais a pressão e caiamos da condição de filhos de Deus.

Eu e minha noiva fomos os últimos a sair da casa da Lisa. O carro pifou e tivemos que contar com a bondade do Rômulo (um irmão muito gente boa, da Igreja Batista da Cidade Universitária), que é amigo da Lisa e que estava lá conosco. Ele nos levou para casa (buscamos o carro no dia seguinte com um guincho) com o carro dele. No caminho, estávamos conversando e ele me lançou a seguinte opinião que teve da palavra daquela noite: "a achei um pouco pessimista".

Eu não disse nada na hora. Minha opinião bate muito com a do Nelsinho (acho que ele nem sabe o quanto minhas idéias batem com as dele), de que as coisas estão ficando cada dia piores e que tudo indica que o fim realmente está próximo, por que se ficar pior do que está até os santos se desviarão. Mas fiquei pensando na possibilidade de que realmente aquela visão seja pessimista.

Pensei bastante nisso, e agora parto da seguinte opinião a partir disso tudo o que eu disse até agora: continuo a compartilhar da mesma visão do Nelsinho. Tenho a certeza de que ele pensa como eu. E eu penso que sou muito pessimista para com o mundo (e com razão), mas muito otimista para com Jesus e para com as coisas que ele pode, faz e vai fazer ainda. Se este mundo está um caos, iremos para um mundo perfeito na companhia de Deus. Todas as coisas erradas deste mundo serão deixadas para trás. Neste novo mundo, ao lado de Jesus e de Deus, eu terei otimismo. Otimismo e felicidade eternas! Pois minhas esperanças estão no Reino de Deus e não no reino dos homens.

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